Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Captação de Energia Solar

8 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

No site do MIT News, David L. Chandler publicou um artigo mostrando que o mercado internacional para a produção de células solares fotovoltaicas os custos de recursos humanos está se tornando menos determinantes. Até o passado recente, a China era responsável por 63% de toda a produção mundial, dado o baixo custo dos recursos humanos naquele país, bem como os subsídios governamentais chineses. Mas os pesquisadores do NREL – Departamento do Laboratório de Recursos Renováveis dos Estados Unidos junto com os do MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts mostraram que outros fatores podem ser determinantes nos seus custos.

As produções destas células solares fotovoltaicas estão se tornando altamente automatizadas e a escala da sua produção está permitindo que os Estados Unidos voltem a serem competitivos, ao lado das tecnologias que continuam se desenvolvendo. Utilizando as peças de silício e suas montagens nas células fotovoltaicas nos painéis, mesmo considerando os demais custos, inclusive das pesquisas e as remunerações dos fabricantes, tudo incluído acabou se concluindo que a escala passa a ser relevante. A China se beneficiou de sua rapidez, com a Alemanha sendo a maior consumidora no mundo, com o subsídio no seu uso. Na medida em que este acabou sendo abolido, o seu consumo se reduziu.

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As fábricas chinesas eram quatro vezes maiores que as norte-americanas. Os estudos foram efetuados por Tonio Buonassisi, um professor associado de engenharia mecânica do MIT, e tiveram o cuidado de coletar os dados diretamente, não se baseando somente nos relatórios trimestrais que são fornecidos pelas empresas. As condições locais apresentam diferenças que podem ser superadas pelas pesquisas.

Outros trabalhos neste assunto acabaram colaborando com os efetuados, mostrando que as condições chinesas podem ser aplicadas em outros lugares. Os dados não se mostram ainda estáveis podendo ser melhorados, como também nas suas tecnologias.

Dois tipos de considerações podem ser acrescentadas aos dados do artigo. A primeira que poderia ser negativa é a atual disseminação de custos baixos da energia gerada a partir da exploração do xisto, que tem algumas inconveniências de sustentabilidade, dependendo da região, como se tem relevado na China.

A outra decorre da necessidade dos custos de sua transmissão. Na medida em que muitas residências, edifícios e instalações industriais estão captando energia solar no próprio local de seu consumo, pode haver algumas economias, principalmente nos investimentos das redes por longas distâncias.

Muitas técnicas de armazenamento, como as baterias de lítio, também estão sendo aperfeiçoadas, com a intensa utilização nos veículos híbridos, podendo contribuir também para a captação da energia solar, que comprovadamente é mais limpa.



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