Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Estratégias de Algumas Empresas Japonesas na Ásia

11 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Um artigo publicado pelo jornal econômico japonês Nikkei informa que algumas empresas japonesas, diante do decréscimo da população japonesa, estão adotando uma estratégia de ampliação de suas atividades nos países vizinhos da Ásia, como é o caso da Unicharm que produz produtos de higiene feminina e fraldas. Ela está com um sensível aumento de fraldas descartáveis na Indonésia, fazendo com que as vendas no exterior sejam superiores as internas do Japão. Disputa uma parcela do mercado com gigantes mundiais, como a Procter & Gamble. Seu objetivo é chegar em 2020 com o triplo das vendas atuais na soma dos mercados externos e interno. No Brasil, a Unicharm visa o mercado de fraldas para idosos, programando uma unidade produtora no Estado de São Paulo.

Somente na Indonésia, a Unicharm já conta com três unidades produtoras. Seus concorrentes também instalam fábricas naquele país. O seu presidente, Takahisa Takarara, da segunda geração da família fundadora da empresa, entende que não deve ser uma monopolista num mercado do exterior. Em termos mundiais, a Unicharm ainda com cerca de um terço das vendas da Procter & Gamble somente nos produtos sanitários femininos e fraldas para crianças. Esta multinacional transferiu parte de seus funcionários do Japão para Cingapura, onde passou a contar com uma central regional, cobrindo inclusive a fábrica na Indonésia.

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A Unicharm também se interessa pelo mercado chinês como hindu, competindo também com a norte-americana Kimberly Clark, e visa principalmente o mercado de baixo poder aquisitivo, com custos de produção de reduzido custo.

Para tanto, produz na China todos os materiais necessários, desde a parte têxtil a embalagens. O presidente mundial visita constantemente a região, diante da forte concorrência que precisa enfrentar.

Já possui mais de 20% de participação nestes mercados asiáticos, mas objetiva chegar a 30%, com a presença em 10 países. Espera chegar aos países onde ainda não está presente, mediante aquisições de empresas locais, como está fazendo no Vietnã e Mianmar, esperando chegar rapidamente a deter 50% do mercado local.



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