Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Presidente do IEDI Publica Seu Artigo na Folha de S.Paulo

8 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , ,

O IEDI – Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial é um organismo sustentado pelos recursos dos seus membros que são empresas industriais, diferindo das entidades sindicais como a FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e da CNI – Confederação Nacional das Indústrias, que representam a indústria, mas vivem dos impostos sindicais patronais. Estas entidades são responsáveis também pela administração do SESI – Serviço Social da Indústria e do SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Por isto, sua opinião da IEDI é mais representativa das indústrias. Como consta do artigo de seu presidente Pedro Luiz Passos, que também é conselheiro da Natura, publicado na Folha de S.Paulo, o IEDI publicou recentemente um documento relacionando as mudanças e as reformas necessárias para a volta do desenvolvimento industrial, considerado indispensável para sustentar o crescimento da economia brasileira. A íntegra do artigo pode ser obtida no: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/137886-ousadia-para-mudar-a-economia.shtml

Segundo o artigo, o desenvolvimento econômico e social do Brasil depende de melhorias significativas na educação e na infraestrutura, com ganhos no bem estar da população e elevação da produtividade industrial, para o que a parceria público-privada seria importante. O sistema tributário brasileiro necessita de reformas que o torne mais justo e menos complexo, havendo necessidade de elevação da eficiência do setor público. Deveria se adequar a legislação trabalhista às novas tendências do mercado.

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Pedro Luiz Passos

A política industrial deveria, segundo o artigo, ser revista com redobrada ousadia. De defensiva, deveria visar às inovações e o aumento da produtividade. A integração da indústria brasileira nos fluxos internacionais seria um imperativo, aumentando a competição interna. Os acordos comerciais deveriam ser estimulados, bem como atraídas as grandes empresas internacionais, inserindo a indústria brasileira nas cadeias globais de valor.

Tudo isto deveria ser feito com cautela, notadamente na política cambial, evitando-se a excessiva valorização do câmbio. Os setores industriais de base deveriam ser as prioritárias, e não as voltadas para os bens de consumo final. Os bens de capital deveriam ser diferenciados. Haveria que se pensar na economia sustentável, notadamente na economia verde. Os marcos regulatórios deveriam conciliar os objetivos de avanços econômicos com a preservação ambiental e a equidade social.

Como formas objetivas para alcançar estas orientações gerais de política econômica, parece recomendável acrescentar que as preocupações tarifárias deveriam perseguir as chamadas efetivas, considerando a complexidade dos setores industriais, dos produtos básicos, intermediários e finais.

Uma forma de inserção prática da indústria brasileira com o exterior poderia ser a aceleração das Zonas Especiais de Exportação, que já estão previstas na legislação brasileira, mas ainda não permitem resultados práticos para os bens de produção sofisticados que se tornam necessários para a exploração da ampla biodiversidade brasileira, inclusive dos recursos naturais que deveriam merecer valores adicionais no Brasil antes de suas colocações nos mercados internacionais.

Haveria, portanto, formas objetivas e práticas para avanços significativos para desenvolver a indústria nacional, indispensável para uma grande economia emergente, que possa dar sua contribuição para a economia mundial.



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