Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist Discute a Controvérsia Sobre o Xisto

15 de novembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

A revista The Economist publica um artigo sobre a controvérsia sobre a exploração do xisto para a produção do petróleo e o gás, usando a tecnologia conhecida como fracking, que deixou o campo dos que se preocupam com o meio ambiente para atingir também as grandes empresas petrolíferas. Peter Voses, como o responsável pela Shell, afirma que um dos seus maiores arrependimentos são os investimentos de US$ 24 bilhões efetuados nas camadas de xisto nos Estados Unidos, segundo a revista. Também no mês passado, a BHP Billiton, que gastou cerca de US$ 20 bilhões em 2011 numa aposta no xisto, afirmou que vai leiloar a metade de suas áreas de petróleo e gás de xisto no Texas e no Novo México. Existem os que afirmam que estas grandes empresas de petróleo chegaram atrasadas, quando os melhores locais já estavam ocupados.

Mas pequenos empresários também se tornaram céticos sobre o xisto, na medida em que muitas explorações estão se esgotando rapidamente, não justificando os investimentos efetuados. Também, afirma a revista, analistas de empresas investidoras, como a Goldman Sachs, informam que os benefícios totais são modestos. Ninguém nega que a produção de petróleo e gás nos Estados Unidos aumentou sensivelmente, devendo ultrapassar a Rússia e a Arábia Saudita neste ano, bem como criou empregos.

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Regiões onde é possível a exploração do xisto nos Estados Unidos

Os pessimistas ressaltam as pequenas produções dos poços entendendo que não valem os investimentos efetuados. Os otimistas entendem que os aperfeiçoamentos tecnológicos podem permitir produções adicionais, mas todos sabem que dependem dos preços que podem ser alcançados. Muitos tendem a entender que a produção será voltada para a produção de gás, que seria mais ecológico que os carvões minerais e petróleo que estão sendo consumidos.

Existem discussões sobre os preços que deverão vigorar nos gás natural liquefeitos, que são diferentes na Europa como no Japão. Existem considerações que as indústrias, grandes consumidoras de energia, acabam sendo beneficiadas por grandes produções nos Estados Unidos, mas tudo acaba dependendo das tendências dos preços, que ainda são controversos.

As discussões se estendem pelas empresas de consultoria, que também apresentam cenários otimistas como preocupantes, havendo casos de empresas bem sucedidas, como outras que não conseguem resultados favoráveis, mostrando que dependem dos tipos de reservas que apresentam características diversas.

As regiões onde são encontrados os xistos também apresentam diferenças, mostrando que cuidados adicionais nos estudos necessitam ser feitos. Mas, no geral, parece que o gás apresenta melhores perspectivas, e os Estados Unidos continuam atraindo grandes empresas que são seus consumidores, segundo a revista, ajudando a criar empregos.

Mesmo assim, parecem exageradas as previsões que o xisto seria o fator que impulsionaria de forma brilhante a economia dos Estados Unidos.



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