Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Gastronomia Segundo Boni e Ricardo Amaral

7 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias | Tags: , , ,

Todos sabem que o Boni – José Bonifácio de Oliveira Sobrinho é um dos brasileiros que mais conhece a gastronomia de todo o mundo, sendo Ricardo Amaral mais conhecido como promotor de eventos. Da junção de suas anotações sobre os restaurantes que visitaram espalhados pelo globo, cujos chefs podem surpreender os gourmets, nasceu “Boni & Ricardo Amaral – O Guia dos Guias”, segundo a matéria publicada por Heloisa Magalhães para o suplemento Eu & Fim de Semana do jornal Valor Econômico. Com avaliações “muito próprias, comentários e histórias de cada um dos 372 endereços”, como não poderia deixar de ser.

Incluiriam as cotações do Michelin, Gault & Millau, Zagat, Gambeiro Rosso, Repsol, Restaurant Magazine, Quatro Rodas, todos muito úteis, mas que devem ser consideradas com reservas, não podendo ser confundidas com as melhores. Muitos dos restaurantes mencionados na matéria são do nosso conhecimento, mas é preciso registrar alguns comentários. Os “100+” devem ser considerados muito próprios dos dois autores, pois cada gourmet deve ter suas avaliações próprias decorrentes de suas preferências, não sendo necessário que coincidam com os guias que são destinados mais para os eventuais usuários, quando as melhores casas são sempre destinadas para os habituês, não se interessando pelos eventuais fregueses.

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O comentário de Boni: “Um bom caviar é tão bom como quanto uma boa mortadela” é expressivo, sendo interessante que consideram os “tapas” como as interessantes novidades atuais, da cidade de San Sebastián como um “restaurante a céu aberto”.

É evidente que para visitar todos estes e outros restaurantes que não foram contemplados haja uma privilegiada condição para arcar com todos os custos das viagens e condições para as elevadas despesas nos restaurantes acompanhadas com o que há de melhor.

Por exemplo, Boni afirma que presenteou seu filho com um banquete “kaiseki” no Kitcho de Quioto, com cerca de 20 gueixas servindo, o que é um verdadeiro exagero, pois não é o mais adequado para grupos grandes, afirmando que todos os pratos eram surpresas, que deve ser entendido como força de expressão. O Kitcho costuma pesquisas as preferências e restrições dos clientes de forma que o que for incluído no “kaiseiki” não tenha o risco de desagradá-los.

Quando se refere ao Sukiyabashi Jiro Honten, afirmando que o “omakase (e não okamase, erro que passou pela revisão)” compreendia 20 a 25 pratos, deve ser entendido como tipos de sushi e seus acompanhamentos.

O comentário sobre a resistência do Nobu, que faz sucesso nos Estados Unidos principalmente, trabalhar no Brasil por falta de matéria-prima adequada corresponde à realidade.

Mas a longa experiência dos dois autores é muito respeitável e acaba servindo como referência para outras que possam feitas pelos seus leitores.



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