Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Dificuldades Numa Recuperação Mais Vigorosa nos EUA

7 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Um artigo publicado no site do The Wall Street Journal, elaborado por Mark Peters e David Wessel, informa sobre as dificuldades dos trabalhadores norte-americanos na faixa dos 25 a 54 anos conseguirem empregos formais, quando estão desempregados por muito tempo, afetados pela crise atual. As indicações são que as recuperações da economia norte-americana, que apresentam dúvidas com alguns dados, devem ser mais lentas que esperadas. Muitos continuam se candidatando, mas não recebem respostas animadoras, mesmo na faixa de salários de US$ 40.000 anuais, tendo alguns até cursos como de MBA – mestrado em negócios administrativos. Outros desistiram, vivendo de subsídios que estão terminando ou dos trabalhados dos seus familiares, sem contar com condições de reescalonarem as hipotecas a que estão sujeitos.

Muitos casos são citados, mostrando variadas situações em que adultos nesta faixa estão vivendo com algumas tarefas temporárias abaixo das qualificações com que contam. Somente uma recuperação vigorosa da economia, que ainda não apresenta nenhuma possibilidade que venha a ocorrer em breve, poderá absorver esta massa de trabalhadores que não constam como desempregados, pois até muitos desistiram de procurar emprego. Os que possuem filhos pequenos e outros encargos insistem em enviar seus currículos, mas não conseguem sequer respostas para suas solicitações.

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Muitos estão voltando para as faculdades, pois tudo indica que as qualificações hoje necessárias são diferentes daqueles que ainda em idade de trabalho não conseguem emprego. A frustração destes trabalhadores é evidente, pois se sentem sem possibilidade de se sentirem realizados com seus trabalhos.

Os dados das pesquisas assustam os economistas, pois os salários estão acusando decréscimos significantes. Muitos vivem limitados com os recursos que suas mulheres conseguem, mas, como alguns possuem encargos de filhos pequenos, não podem desistir.

Para muitos, os recursos das assistências aos desempregados estão se esgotando, mesmo para os que contam com algumas deficiências físicas. Muitos esperavam se aposentar com empregos que tinham, mas foram surpreendidos com demissões, mesmo que alguns sejam militares. As pequenas reservas patrimoniais com que muitos contam estão se esgotando.

Muitos procuram exercer trabalhos voluntários para não ficar parados. Alguns que possuem mestrados em marketing também enfrentam situações embaraçosas. Alguns procuram alugar parte da casa que dispõem, mas estas eventuais receitas são limitadas.

O artigo não é muito otimista com as perspectivas futuras, e permite entender porque atividades como a exploração do xisto são consideradas bem vindas pelas autoridades federais e locais, pois, mesmo com seus problemas, acabam criando empregos importantes em algumas regiões.

No início de 1970, apenas 6% dos homens com idades entre 25 a 54 anos estavam sem emprego. No final de 2007, era de 13%. Em 2009, durante o pior da recessão, quase 20% não contavam com emprego. Com as mulheres, a situação é diferente, pois na década de 1950 apenas um terço das que tinham 25 a 54 anos tinham emprego. Isto aumentou de forma constante até 1990. Na última contagem, 70% estavam trabalhando, 30% não estavam.

Com estas informações, o artigo fica com a conclusão que a recuperação da economia americana continuará baixa, não se podendo esperar um ritmo mais elevado.



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