Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Duas Avaliações da Economia e Política no Brasil

31 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

Um artigo de autoria de David Biller foi publicado no site da Bloomberg sobre os recentes altos e baixos da política e economia brasileira. Em 2007, havia uma euforia pela escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, mas luta-se agora para concluir os estádios com manifestações populares contrárias, ao mesmo tempo em que se repetem acidentes provocando vítimas fatais entre os trabalhadores nestas obras. O crescimento da economia desacelerou-se, houve um rebaixamento nas suas cotações, escândalos envolvem a Petrobras, a inflação está acima da média, o fornecimento de energia entra em dúvida, já havendo dúvidas sobre os resultados eleitorais no segundo turno.

Nos momentos de euforia, o país foi incapaz de diagnosticar que estava sendo beneficiado pelo crescimento da economia mundial e dos preços de suas exportações, não se devendo à sua política econômica. Houve uma melhoria da distribuição de renda, mas não se consegue manter o crescimento indispensável do seu PIB para a sustentação do processo. O governo atribui os problemas à desaceleração do crescimento da economia mundial, mas não foi capaz de efetuar as reformas para enfrentar cenários adversos. Agora enfrenta dúvidas internas e externas.

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Sources: CNI Confederacao Nacional das Industrias and IBGE

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Source: Banco do Brasil

A sempre bem informada Claudia Safatle, do Valor Econômico, publica seu artigo informando que no segundo turno das eleições as forças oposicionistas ao atual governo devem aglutinar seus eleitores para derrotar a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Diante das dificuldades o ex-presidente Lula da Silva estaria demonstrando suas preocupações, fornecendo em reuniões restritas posições que poderia ser obrigado a concorrer para não entregar o poder para os oposicionistas.

Diante da reclassificação da Standard & Poor’s, as autoridades monetárias brasileiras estariam elevando os juros, que permitem a retomada de fluxos financeiros especulativos para o Brasil, mas que reduzem a possibilidade de crescimento da economia brasileira, ao mesmo tempo em que valorizando o câmbio agravam os problemas de competitividade das exportações.

Ninguém consegue avaliar a extensão das investigações que envolvem a Petrobras, mesmo sabendo-se que as empresas petrolíferas de todo o mundo nunca primaram pela ética nas suas operações internacionais e nos seus relacionamentos com os seus fornecedores.

Mesmo que estas situações sejam desconfortáveis para o governo, ninguém duvida que o país apresente condições de recuperação, precisando que as discussões dos seus problemas políticos e econômicos se mantenham dentro de um quadro de um mínimo de racionalidade.



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