Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Grande Moderação 2.0 Segundo a Bloomberg

9 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

Os professores James Stock, da Universidade de Harvard, e Mark Watson, da Universidade de Princeton, forjaram a expressão “Grande Moderação” para a atual recuperação econômica, depois da crise desencadeada em 2007/2008, a mais forte depressão depois de 1929. A equipe da Bloomberg que está se consolidando com uma importante no cenário mundial, com dados do Fundo Monetário Internacional e apoiado por diversas declarações de estudiosos de instituições importantes no mercado, observa uma estabilidade na atual recuperação, que apresenta pequenas flutuações nos dados mais relevantes. Os dados do G7 mostram que a economia mundial está voltando para o seu normal, em direção ao futuro, sem grandes saltos espetaculares.

A volatilidade do crescimento entre as principais economias industriais é atualmente a menor desde 2007 e metade da que se observou nos vinte anos que começou em 1987. Os investidores estão calmos com relação aos riscos e para as previsões em ativos, moedas, commodities e bonds, depois de sete anos anteriores fracos. O cenário para o futuro parece claro para as empresas e para os consumidores. O crescimento é moderado e não apresenta os excessivos riscos dos booms do passado que terminaram em paradas.

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O FMI estima que a volatilidade do crescimento no G7 é de 0,4 por cento neste ano, quando era de 3.0 por cento em 2010 e de 0,8 por cento em média nas duas décadas que terminou em 2007, que mede o desvio padrão dos crescimentos por um período de quatro anos. Isto dá uma indicação da estabilidade, que é muito importante em economia. Algo parecido ocorre no emprego, e ainda que o comércio internacional esteja mais fraco, também as flutuações estão se reduzindo, indicando volta à normalidade.

Também está havendo uma redução das pressões inflacionárias em decorrência de uma demanda mais moderada. Tudo indica que há uma estabilidade conseguida pelas políticas monetárias. Há também uma regulação maior na expansão dos créditos, como são as indicações do Banco Central Europeu. Tudo tende a uma moderação como também é sentido nos Estados Unidos pelos analistas relacionados com o governo.

Ainda assim, pequenos choques continuarão a se observar, mas incapazes de provocar problemas. O que os analistas estão constatando é que estas expansões moderadas estão se espalhando pelo mundo.

Na realidade, isto que vem acontecendo de forma mais regular no mundo desenvolvido ainda apresenta flutuações no mundo emergente, que pelo seu nível mais modesto de renda per capita necessita de um crescimento mais acentuado, que ainda apresenta algumas incertezas, o que também pode ser considerado normal.

Lamentavelmente, ainda as tendências à maior estabilidade começam entre os desenvolvidos e vão se espalhando para o resto do mundo. O que se espera é que as diferenças entre os pobres e os ricos não se ampliem, e os menos desenvolvidos tenham a possibilidade de conquistar padrões mais razoáveis de vida para as suas gigantescas populações.



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