Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Problema Científico da Sexualidade

29 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

O problema da sexualidade até pouco tempo ainda era quase um tabu, não se discutindo muito sobre este importante aspecto da vida humana mesmo do ponto de vista científico. Os pais se sentiam inibidos para transmitir o pouco que conheciam a respeito, muitas vezes de formas distorcidas, e os adolescentes acabavam aprendendo sobre o assunto da forma mais inadequada. Muitos programas dos meios de comunicação acabavam tratando o problema de forma sensacionalista para conseguir audiência. Há algum tempo, a TV Cultura de São Paulo, no seu programa Café Filosófico, que vai ao ar todos os domingo às 22h, com o patrocínio da CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz, vem tratando do assunto com a participação da médica e psiquiatra Carmita Abdo, pioneira no assunto no Brasil, livre docente na Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e alguns outros especialistas, inclusive o seu marido, Dr. João Afif Abdo, médico urologista. A colocação é ponderada e fornece um quadro de informações que pode ser útil para os adolescentes, bem como adultos e até idosos.

Muitas pesquisas científicas vêm sendo efetuadas sobre o assunto desde que William H. Master e Virginia E. Johnson publicaram em 1966 Human Sexual Response e em 1970 Human Sexual Inadequacy com base nos levantamentos e pesquisa de uma boa amostra que efetuaram inicialmente no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Washington University de St. Louis. Eles provocaram muitos alvoroços com suas descobertas. E depois fundaram o Master e Johnson Institute. Mas ainda existem muitos preconceitos sobre conhecimentos fundamentais que poderiam melhorar a vida de todos, notadamente no Brasil.

virginiaCarmita

William H. Master e Virginia E. Johnson                        Carmita Abdo

O vídeo editado de um programa passado pode ser encontrado no site: www.cpflcultura.com.br/formato/cafe-filosofico/ e estão previstos outros programas para os próximos dias 15, 22 e 29 de junho. São filmagens de palestras feitas em Campinas para um número limitado de participantes que vão para o ar nestas datas.

O que parece que está ocorrendo no Brasil como em muitas partes do mundo, por várias razões, é que muitos adolescentes iniciam suas atividades sexuais em torno dos 15 anos, com intervalos para 13 a 17 anos. E estão se formando casais mais tarde, havendo um grande intervalo de tempo com possibilidades de diferentes parceiros, tendendo a contar com um depois de estabilizado. Alguns homens ficam até inibidos diante do conhecimento de outras experiências das mulheres.

A posterior habitualidade sem uma criatividade depois de muito tempo pode acabar em casos de rotina, que induzem a casos com outros parceiros. As informações são que as mulheres são diferentes dos homens nos seus comportamentos ao longo do tempo, como da libido, diante das formas em que os muitos hormônios atuam durante suas vidas.

Nem todas as relações necessitam que haja orgasmos recíprocos, pois algumas mulheres nunca as tenham, ainda que isto seja atribuído a falta de conhecimento do homem e que a satisfação do casal seja desejável. Os comportamentos posteriores ao ato sexual tendem a ser diferentes, com o rápido relaxamento dos homens, enquanto as mulheres podem demorar um pouco mais.

Com a idade, as mulheres tendem a perder o interesse pelo sexo mais rapidamente que os homens, que podem conseguir tanto a libido como a ereção até com mais idade, ainda que ela não seja mantida por muito tempo. Os remédios como o Viagra não possuem o poder de provocar a libido, mas sim a ereção.

Estas informações superficiais estão sendo fornecidos por um não especialista como mero aperitivo para despertar o interesse por programas científicos da natureza que está sendo indicada. Ampliar o conhecimento nesta área pode proporcionar a todos melhor qualidade de vida, e por mais tempo.



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