Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Enfrentando os Desafios que se Apresentam

28 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Um artigo publicado no site Web Town, muito bem dirigido por Roberto Tongu, reproduz com a devida autorização um artigo elaborado por Terri Lloyd do site Nipônica, sobre os esforços de invenções criativas para superarem certo espírito depressivo no Japão, diante da perda de competitividade do setor industrial naquele país, com relação à China. Com a população japonesa declinante e cada vez mais idosa fica difícil aos japoneses concorrerem com muitas de suas atividades manufatureiras tradicionais tanto com os chineses como muitos países vizinhos da Ásia, que contam com expressivas populações mais jovens em idade de trabalho ativo, com remunerações ainda relativamente baixas. No entanto, desenvolvem-se esforços no chamado Cool Japan, tentando superar os conflitos de interesse de diversos grupos japoneses para as mudanças que ocorrem naquela economia por iniciativa governamental.

Além da tentativa de melhor utilizar as patentes já existentes, continuam havendo inovações, que envolvem tanto as grandes empresas como as médias, que parecem mais dinâmicas e rápidas neste processo de assegurar suas sobrevivências, mantendo-se competitivas pelo aumento de suas eficiências. Uma linha, segundo o autor, é de humanizar produtos para atender as necessidades dos consumidores, o que parece se observar no mercado interno japonês, mas ainda não ocorre na intensidade desejada quando atuam no exterior. Ainda existem marcas profundas de uma cultura que foi se acumulando ao longo do tempo num arquipélago, que mostram suas dificuldades na atuação no atual mundo globalizado.

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O artigo menciona algumas inovações que continuam ocorrendo no Japão como um kit de detecção rápida de tuberculose. Todos sabem que entre os japoneses os chamados ningen dock, ou os check up generalizados que permitem o diagnóstico precoce de muitas doenças estão avançados, havendo alguns exames específicos que permitem identificar os pacientes que necessitam de exames adicionais, mais aprofundados, em determinadas moléstias. Este avanço parece um dos casos que se encontra nestas tendências.

Também se menciona que as fraldas, principalmente para os idosos estão com a demanda elevada no Japão, e para evitar constrangimentos foram desenvolvidos uns que permitem com desodorizantes neutralizar a propagação de odores desagradáveis, o que acaba beneficiando também os voltados para os bebes.

Os japoneses possuem tecnologias para aproveitamento da água do mar transformados em potáveis, como os utilizados em muitos países do Oriente Médio. Informa-se que uma universidade em Okayama desenvolveu um mais simples voltado para as águas utilizadas nos cultivos de pescados, preservando os elementos que são apreciados pelos peixes.

Utilizando tecnologias da indústria de construção naval, desenvolveram-se facas que se mantêm permanentemente cortantes, ao utilizarem combinações de carboneto de titânio, que na medida em que elas são desgastadas, resultam em serrilhas microscópicas. Pode-se afirmar que a tradição de facas no Japão vem desde o uso dos famosos katanas, e continuam ativas na sua culinária.

No Japão sempre se teve uma preocupação com a alimentação saudável, e agora se informa que conseguirem brotos de brócolis altamente antioxidantes, que acabam funcionando como verdadeiros produtos terapêuticos, notadamente para os idosos.

São bons exemplos de como tecnologias que foram desenvolvidas até para outras atividades continuam mantendo algumas atividades competitivas no mercado internacional, permitindo a atividade de muitos setores. Seria interessante que também no Brasil estas preocupações fossem mais generalizadas, pois estas inovações permitem a continuidade de muitos, que não precisam ficar se lamentando, transformando industriais em importadores.



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