Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Economistas do Setor Financeiro Sobre a Economia da China

8 de outubro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Um artigo publicado por Yasuo Awai e Fuyumi Takeuchi, publicado no Nikkei Asian Review informa sobre a possibilidade da economia chinesa apresentar um crescimento abaixo do 7,5% esperado pelas autoridades daquele país. Diversas razões estariam influenciando para tanto, destacando-se o comportamento do setor imobiliário onde as autoridades evitam as especulações dos investidores locais, os graves problemas de poluição que chegam a transferir executivos estrangeiros expatriados para outros países, bem como a fuga de recursos dos investidores chineses para economia de outros países, notadamente a inglesa e outros europeus. Na realidade estas pressões estão ocorrendo visando as autoridades chinesas de forma que medidas adicionais de estímulo sejam adotadas para ativar aquela economia.

clip_image001O sol se põe sobre edifícios residenciais em um dia nebuloso em Pequim. Os economistas estão expressando preocupações crescentes de que a queda dos preços dos imóveis poderia colocar ainda mais pressão de baixa sobre a economia chinesa. © Reuters

A pesquisa trimestral realizada pelo grupo Nikkei recebeu respostas de 21 economistas especializados na economia chinesa. De acordo com a estimativa média dos entrevistados, o Produto Interno Bruto da China cresceu 7,3% no trimestre julho-setembro em uma base real. Os economistas consultados expressaram preocupações de queda dos preços dos imóveis poderia colocar ainda mais pressão de baixa sobre a economia.

Estes economistas informam que o PIB chinês vem decrescendo ligeiramente nos últimos trimestres, prevendo-se a mesma tendência para os próximos anos, frustrando as previsões das autoridades daquele país.

A China tem sido atingida com uma série de dados econômicos fracos recentemente, incluindo dados de produção industrial para agosto, o que diminuiu o nível mais baixo em cinco anos e oito meses. Os economistas consultados pela maior parte vê a economia chinesa perder um novo impulso em 2015, com as suas previsões de crescimento do PIB para o próximo ano uma média de 7,2%.

image                                        Gráfico publicado pelo Nikkei Asian Review

Menos economistas preveem a flexibilização da política monetária, com a queda das taxas ou o coeficiente de reservas obrigatórias. Pelo contrário, muitos deles esperam que o Banco do Povo da China, banco central do país, afrouxar o crédito apenas de uma forma limitada, principalmente através da utilização de uma linha de crédito de curto prazo, que fornece fundos para as instituições financeiras para sustentar os empréstimos para setores específicos, como pequenas empresas e agricultura.

Cerca de 60% dos economistas entrevistados apontaram para uma queda dos preços imobiliários como o maior fator de risco provável de causar uma recessão econômica. Ainda que a campanha anticorrupção seja encarada como positiva, informam que à curto prazo acaba tendo uma conotação negativa para a economia. 

Um artigo publicado no Financial Times por Jamil Anderlini informa que em 2012 os investimentos dos chineses chegaram a 27 bilhões de euro na Europa.



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