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Mudanças no Comportamento da Dilma Rousseff

23 de dezembro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Política | Tags: , , | 2 Comentários »

Todos sabem que existem pessoas como Dilma Rousseff que confundem seus comportamentos pessoais com os cargos que ocupam transitoriamente, expondo-se de forma exagerada, não sendo capazes de entender que representam hoje o Brasil, como chefe de Estado, que nada tem a ver com a figura de chefe de Governo. Apesar das mudanças serem difíceis, seus auxiliares mais diretos contribuiriam muito se colocassem objetivamente esta questão a ela, que pela sua inteligência poderia compreendê-la.

Brasília - DF, 22/12/2014. Presidenta Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas-setoristas do Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

Presidente Dilma Rousseff no café da manhã com os jornalistas

No encontro promovido pela presidente Dilma Rousseff com os jornalistas credenciados junto ao Palácio do Planalto, ela expressou que manterá Graça Foster na Presidência da Petrobras. Ainda que este assunto seja grave e agudo, não há conveniência que a presidente da República assuma diretamente a responsabilidade da preservação da presidente e Diretoria daquela estatal, elevando o nível hierárquico do problema.

Por mais que ela considere que Graça Foster seja honesta, o que se discute é se ela e a sua Diretoria teriam o comando suficiente para coibir o proveito de algumas de suas atividades, como tem ocorrido, tanto para benefício de alguns participantes como para o suporte partidário.

Também se considera a possibilidade que Dilma Rousseff esteja adotando esta orientação pela falta de um nome alternativo que permita restabelecer a credibilidade da estatal, e que está ampliando sua influência para outros aspectos da economia brasileira.

Assim procedendo, ela atrai a questão para o seu âmbito de presidente da República, pensando possivelmente que com isto as críticas seriam reduzidas. Como os que lhe fazem oposição desejam o seu desgaste, esta questão emblemática acabará afetando outras áreas do seu governo.

Também em outras questões menores de gestão, em que ela tende a envolver-se pelas suas características pessoais, quando poderia ser resolvido pela mudança de alguns dos seus auxiliares. Acaba se atingindo a ela diretamente, de forma desnecessária. No regime presidencialista brasileiro, as absorções destas crises acabam se tornando mais difícil, pois os mandatos dos presidentes são fixos e a alternativa seria a continuidade da crise ou o impeachment.

Como a substituição eventual de auxiliares da presidente da República seriam menos traumáticas, em administrações razoáveis os auxiliares podem assumir as responsabilidades, ainda que elas sejam de escalões superiores, para facilitar a sua absorção.

A história brasileira, como a de outros países, vem mostrando que presidentes que se envolvem exageradamente em detalhes de gestão acabam dificultando a superação das eventuais dificuldades de um país. Tanto que em alguns outros países acaba se optando pelo regime parlamentarista, no qual a dissolução de um governo se torna menos traumático.

Num quadro geral mais complexo, parece que mudanças, ainda que não desejadas, acabam sendo indispensáveis como uma solução mais plausível para o país e para o atual governo, que reeleito, terá um novo mandato de quatro anos.


2 Comentários para “Mudanças no Comportamento da Dilma Rousseff”

  1. Giulio
    1  escreveu às 11:40 em 24 de dezembro de 2014:

    Dilma e Brasil, os gêmeos.
    Pela manhã, Dilma, Presidenta do Brasil, ficou surpresa ao ler a seguinte notícia nos jornais: “Nadga Sebastiana, uma jovem mãe brasileira, não assistida por qualquer bolsa do governo, residente em Brasília, registra em um cartório Capital Federal, seus dois filhos gêmeos, recém-nascidos: uma menina e um menino, com os nomes Dilma e Brasil.”

    Honrada, Dilma decide visitar a mãe em questão, para mostrar seus agradecimentos pela decisão de dar esses nomes a seus filhos gêmeos. Ao chegar à modesta residência da jovem mãe, encontra Nadga dando o peito para a bebê Dilma mamar, e pergunta:

    – Onde está Brasil, o irmãozinho dessa esfomeadinha?

    E Nadga:

    – Brasil está dormindo profundamente há muuuuiito tempo…

    Dilma, a presidenta, estranhando a resposta, pede:

    – Acorde esse menino. Quero conhecê-lo!

    A resposta de Nadga Sabastiana deixa a presidenta sem fala:

    – Presidenta, se o Brasil acordar, Dilma deixa de mamar!

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 16:00 em 28 de dezembro de 2014:

    Caro Gulio,

    Pelo visto falar mal do Brasil e da Dilma virou um esporte nacional, mas pouco contribuir para melhorar o quadro atual.
    Vivemos numa democracia que, bem ou mal, até comentários como os seus podem ser divulgados.

    Paulo Yokota


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