Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Necessidade de Superação das Dificuldades Atuais

30 de dezembro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Há que se encontrar mecanismo de reação para a superação das dificuldades atuais ainda localizadas, evitando a contaminação do pessimismo no mundo e no Brasil.

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. Muitos entendem que esta famosa frase de Ruy Barbosa seria adequada para o momento, que não se restringe somente ao Brasil, mas se observa também em outros países do mundo, como agora na Grécia, que passa por um novo momento de aguda crise econômica e política.

O que se pode observar é que as dificuldades ainda estão localizadas em pontos específicos em alguns países, e, na maioria dos casos e lugares, luta-se para a sua superação, que, além de exigir muito trabalho, implica num processo demorado. Há alguns indícios de recuperação, como nos Estados Unidos e na China.

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A crise grega vem se repetindo desde 2011, e será realizada uma nova eleição, com dificuldades para a formação de um novo governo

Se existem alguns aspectos comuns nestas atuais crises, elas são as dificuldades financeiras enfrentadas pelos diversos países, enquanto o setor financeiro internacional continua abusando na sua atuação. Manipulam as taxas de juros, as taxas cambiais e até nas cotações dos bônus dos tesouros oficiais, como está se comprovando inclusive nos Estados Unidos.

O poder do setor financeiro agigantou-se absurdamente e os fluxos financeiros internacionais não podem ser regulamentados diante de suas resistências, proporcionando ganhos astronômicos para as instituições financeiras, sem que se revertam no aumento da eficácia das economias que permitiria ajudar no processo de suas recuperações.

Há claras indicações da aceleração das desigualdades, tanto entre os países mais desenvolvidos e os com maiores dificuldades, bem como entre pessoas, permitindo o aumento crescente de produtos de luxo, enquanto muitos passam por condições precárias de sobrevida.

Muitos ainda são movidos por objetivos que se distanciam das ganâncias, como os voluntários que procuram minorar os sofrimentos dos contaminados pelo ebola, com o sacrifício da própria vida. Existem os que não se desanimaram e continuam lutando para reduzir as desigualdades, ainda que muitas vezes confundidos com os que se afastam da racionalidade econômica, que tem atuado a favor da concentração. Nem tudo está perdido.

A mídia internacional poderia ajudar na indicação dos milhões de esforço que continuam sendo efetuados, mas não divulgados. O que se observa no noticiário internacional parece concentrado nas calamidades, nos desastres, nas violências que chocam a população. Mas pouco ajuda na reação pela recuperação e disseminação de padrões morais mais aceitáveis e humanas no mundo, que continua sendo tentado por uma maioria silenciosa.



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