Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Providências Proporcionam Redução de Acidentes

20 de fevereiro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

clip_image002Mesmo com os elevadíssimos riscos de acidentes, inclusive fatais, os motoristas brasileiros só podem ser coibidos nas suas irregularidades com fiscalizações e punições.

Acidentes rodoviários fatais nas estradas brasileiras

Ainda que os dados brasileiros de acidentes rodoviários no Brasil sejam elevadíssimos, a boa notícia deste último carnaval é que providências tomadas pela Polícia Rodoviária Federal produziram uma redução dos mesmos, inclusive os fatais. Demonstram, infelizmente, que, mesmo com todos os riscos, os motoristas brasileiros só tomam as cautelas devidas quando existem fiscalizações e punições aos infratores.

A Polícia Rodoviária divulgou os dados que foram publicados por Eduardo Bresciani e Silvia Amorim no site de O Globo, mostrando que houve entre 13 a 18 de fevereiro 2.785 acidentes, com redução de 22%, sendo 28% na taxa de mortos e 18% nos feridos, lamentavelmente. Ainda são dados que se mostram similares ao de uma verdadeira guerra civil.

Segundo as informações das autoridades, as reduções foram conseguidas com o aumento das fiscalizações e punições nas estradas, mostrando que só medidas coercitivas proporcionam resultados, que podem ser elevados até atingir-se padrões que são observados no mundo. Para efeito de comparação com o ano passado, foram considerados os aumentos das frotas.

As fiscalizações estão sendo intensificadas nas localidades consideradas de maior risco, em função das estatísticas disponíveis que são de conhecimento das autoridades, utilizando os equipamentos e pessoal disponível.

Para se constatar os absurdos das perdas de tantas vidas, 45% das mortes ocorreram em colisões frontais. A maior causa dos acidentes foi o excesso de velocidade, apontando 26% dos casos. Na realidade, apesar das deficiências nas estradas brasileiras, são claras as indicações que são os motoristas os maiores culpados, havendo os que estão dirigindo fora de condições e os que imaginam estar acima das recomendações feitas pelas autoridades.

Os bafômetros provocaram 2.006 autuações e 372 prisões de pessoas que dirigiam embriagados, o que atinge somente uma pequena parcela dos que chegam a ser fiscalizados. Há que se aprender com outras experiências, como as japonesas, que mostram que o bolso continua sendo o órgão mais sensível do corpo humano.

As punições para estes motoristas, que são pesadas monetariamente, no Japão são extensivas a todos os ocupantes que permitiram que pessoas que ingeriram álcool estejam dirigindo. Ainda motoristas que não possuem habilitações também são flagrados. Os exemplos também são importantes, e, na medida em que o filho de um ex-bilionário não seja punido ainda que tenha admitido que atropelou e matou um ciclista, que também tinha ingerido álcool, parece um exemplo negativo, que foi dado pelo Judiciário, ainda que haja a possibilidade de uma apelação.

Também a educação das crianças parece de grande importância. Na medida em que os pais cometem pequenas irregularidades, como a transposição de locais proibidos com as crianças à bordo ou estacionamento em filas duplas quando estão levando os filhos para as escolas, acabam dando o exemplo que as regras de trânsito não precisam ser obedecidas. Existem, portanto, medidas que vão além daquelas que as autoridades devem tomar para coibir infrações, sendo responsabilidade de todos contribuir para a redução drástica do desperdício de tão preciosas vidas.

Ainda que estes dados sejam precários, fica evidenciado que existem remédios que podem melhorar sensivelmente os lamentáveis dados dos acidentes rodoviários no Brasil.



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