Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Adesões Importantes ao Banco Internacional Chinês

17 de março de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

clip_image002A França, Alemanha e Itália juntaram-se à Grã-Bretanha na adesão ao Banco Asiático de Investimentos em Infraestrutura, liderado pela China, contra a recomendação dos Estados Unidos.

Xi Jinping, em outubro último, quando recebeu convidados em Beijing para o lançamento do AIIB

A China vem se mostrando mais habilidosa que os Estados Unidos em termos da política econômica externa, e, ao liderar o AIIB – Asian International Infraestructure Bank que atende a muitas aspirações de países asiáticos e europeus para a atualização da Rota da Seda, conseguiu a adesão da França, Alemanha e Itália, seguindo à Grã-Bretanha, contra a recomendação dos norte-americanos. Esta instituição, que conta inicialmente com US$ 50 bilhões para estes financiamentos, deverá competir com o Banco Mundial, ainda controlado pelos Estados Unidos.

Um artigo publicado por George Parker, de Londres, Anne-Sylvaine Chassasy, de Paris, e Geoff Dryer, de Washington, foi publicado no site do Financial Times. A Austrália, importante aliada dos Estados Unidos, também vai repensar sobre a sua participação. O mesmo pode acontecer com a Coreia do Sul, sendo que somente o Japão se mantém afastado deste banco.

Na realidade, os Estados Unidos já arcam com muitas responsabilidades financeiras mundo afora, e não consegue acompanhar a agressividade da China, que deve ultrapassá-los economicamente nos próximos anos, no mínimo em termos de PPP – Poder de Paridade de Compra.

A presença chinesa nos mares ao seu arredor está se intensificando, não somente do ponto de vista militar, como de portos para apoio à intensificação do seu comércio e defesa das rotas importantes para o seu suprimento. A maior flexibilidade de agressividade chinesa parece atender a muitas necessidades dos países da região, que pensam utilizar estas facilidades para o aumento dos seus intercâmbios internacionais.

Como a China está se envolvendo em muitos compromissos, suas volumosas reservas, como as aplicações nos títulos do Tesouro norte-americano, estão em queda. Mas estão aumentando seus ativos até com a aquisição de importantes fontes de suprimento para a sua economia. Seus planos estratégicos de longo prazo são importantes e atendem também as necessidades dos seus potenciais parceiros.

No entanto, como também aumentam as aspirações da população por mais liberdade, além das disputas internas pelo poder com o combate à inflação, não se pode entender que os caminhos para os chineses sejam todos tranquilos.



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