Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Diversidade de Situações em Três Países Asiáticos

21 de maio de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002Na Ásia, os países mais conhecidos acabam sendo a China, a Índia e o Japão. Mas existem outros países que merecem a atenção, como a Coreia do Sul, Filipinas e a Indonésia, segundo William Pesak, que é o responsável pela Bloomberg. Ele está sediado em Tóquio e acompanha o que acontece naquela parte do mundo, apesar das diferenças substanciais de situações econômicas e políticas.

Mapa da Ásia, onde podem ser observadas a Coreia do Sul, Filipinas e a Indonésia

A Coreia do Sul tem uma população aproximada de 48 milhões de habitantes e já conta com um PIB da ordem de US$ 1.449 bilhões e tem no seu comando Park Geun-hye, cujo pai já foi o grande líder que provocou o seu desenvolvimento depois da Segunda Guerra Mundial e da Guerra da Coreia, que acabou provocando a sua divisão com a Coreia do Norte. Ficou conhecida como um Tigre Asiático, com uma acentuada agressividade na exportação com base nos conglomerados familiares conhecidos como “chaebol”, dos tipos Samsung, Hyundai e LG.

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Park Geun-hye, presidente da Coreia do Sul

Apesar de ter iniciado o seu governo pretendendo reduzir a importância relativa das “chaebol”, estimulando iniciativas de pequenas e médias empresas para acelerar a sua competitividade com uma economia criativa, não conseguiu o seu intento. Hoje, os grandes aglomerados aumentaram a sua importância e ela perdeu o seu ímpeto reformista. A Samsung sozinha representa cerca de 25% do PIB daquele país, que não tem mais o dinamismo do passado.

As Filipinas, ex-colônia espanhola, conta com uma população de 100 milhões de habitantes e tem somente um PIB de cerca de US$ 289 bilhões, sendo dos mais pobres da Ásia. Foi ocupada pelos japoneses na Segunda Guerra Mundial, e acabou recebendo uma forte influência norte-americana com o fim do conflito mundial. Comandado hoje por Benigno Aquino III, filho de Corazon Aquino, que também presidiu o pais, depois da morte do seu pai, que era o líder da oposição ao ditador Ferdinand Marcos. Sua família tem longa tradição política no país.

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                                   Presidente das Filipinas Benigno Aquino III

Apesar de tentar combater a corrupção, seu provável sucessor, que é o atual vice-presidente, está sendo acusado de irregularidades. Procurou associar-se com a Igreja Católica que é poderosa no país, mas não conseguiu resultados expressivos. As Filipinas continua sendo uma grande exportadora de mão de obra barata.

A Indonésia está sendo comandada, ainda que por pouco tempo, por Joko “Jokowi” Widodo, que não tem família com características de uma dinastia nem origem militar. Começou a sua administração declarando-se independente, procurando atrair investimentos estrangeiros.

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Joko “Jokowi” Widodo, presidente da Indonésia

Mas com a confusão em que se envolveu sua política, tornou-se um populista com características nacionalistas e protecionistas, não se sabendo como o país vai evoluir. Como tem um longo mandato de quatro anos, ainda poderá se recuperar. Por estas informações, pode-se constatar que na maioria dos países emergentes, em qualquer parte do mundo, existem problemas tanto econômicos como políticos, onde as tradições democráticas ainda não estão suficientemente consolidadas.



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