Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Inevitável Aumento do Intercâmbio Asiático

4 de maio de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , | 14 Comentários »

clip_image001Existem interesses asiáticos que não podem ser contidos sequer pelo fortalecimento da aliança do Japão com os Estados Unidos tentados por Shinzo Abe e Barack Obama.

As forças que se atraem entre países asiáticos são mais fortes do que eventuais acordos, como do Japão com os Estados Unidos

Observando alguns jornais asiáticos, nota-se que as notícias sobre seus intercâmbios internacionais acabam superando eventuais diferenças criadas por alianças políticas e militares. A China intensifica os contatos com Taiwan e o turismo dos chineses pelos países asiáticos, inclusive no Japão, eleva-se substancialmente nestes feriados, favorecidos pelo câmbio.

A Coreia do Sul procura reuniões conjuntas com o Japão e com a China. Parlamentares japoneses se dirigem à China para aperfeiçoarem suas legislações que favoreçam o intercâmbio bilateral. Os bancos como o AIIB – Asian Infrastruture Investment Bank e o ADB – Asian Development Bank tentam políticas conjuntas para os investimentos em infraestrutura regional.

Diariamente, muitas notícias semelhantes mostram que existem esforços objetivos para aprofundar os relacionamentos na região, pois estes interesses econômicos, comerciais e turísticos são intensos e atendem às aspirações da população. Quem duvida que fortes estímulos para o desenvolvimento não ocorram com estes intercâmbios são cínicos ou não conhecem a realidade.

Sempre existirão alguns resquícios como os provocados pelas guerras passadas ou problemas que já fazem parte da história, mas as populações parecem mais pragmáticas esperando benefícios no futuro, que podem ser somados por estes intercâmbios. O conhecimento dos próprios asiáticos sobre os países estrangeiros e vizinhos ainda são limitados, e as facilidades de transporte e operações internacionais estão proporcionando muitas atraentes e novas oportunidades.

Hoje, estas possibilidades estão ao alcance de muitos que já chegaram à situação da classe média com o desenvolvimento que está se processando em toda a Ásia, ainda que nem tudo seja uniforme. Existem os que estão se beneficiando mais rapidamente, e as informações que estão se disseminando pelas facilidades, como as da internet, criam aspirações novas que estão sendo atendidas.

Quem pensa que o mundo está sendo isolado pelas dificuldades naturais que enfrenta precisa percorrer estes países asiáticos para constatar a quantidade de estrangeiros de todo o mundo que estão viajando e conhecendo in loco o que só tinham acesso pela imprensa e pela televisão.

O que se espera é que o Brasil também entre nesta onda, que não se resume somente a alguns pontos turísticos, mas que também gera oportunidades para bons negócios.


14 Comentários para “Inevitável Aumento do Intercâmbio Asiático”

  1. Valdirene Silva
    1  escreveu às 21:38 em 4 de maio de 2015:

    Noto, sempre, um certo tom de menosprezo em suas palavras, quando se refere ao Brasil. O senhor costuma endeusar a sua terra natal, o Japão, além de falar muito bem dos chineses, pois estes estão dando uma “sova” nos japoneses na tecnologia, economia etc.
    Tenha mais respeito ao meu país, uma vez que ele evoluiu muito nos últimos anos. Não é mais aquele patinho feio do mundo.
    O Brasil tem, também, muito intercâmbio cultural. Não é uma cultura fechada como a japonesa. Temos, aliás, muito mais variedade e maleabilidade, pois recebemos a todos (ingleses, alemães etc.) com muita alegria e consideração.
    Ademais, o nosso povo não é racista. Existem apenas casos isolados de preconceito. No Japão, porém, os nipo-brasileiros são maltratados e só exercem atividades laborais de baixo escalão. Eles não conseguem promoções, pois são “gaijin”.
    Será que tem alguma empresa no Japão como a EMBRAER ou PETROBRAS? Quantos títulos na F-1 o Japão possui? Quantos cinturões do UFC lutadores nipônicos conquistaram? Quantas Copas do Mundo de futebol? Nós temos cinco… E vôlei? Chega, não?

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 17:39 em 8 de maio de 2015:

    Cara Valdirene Silva,

    Acredito que existam algumas incorreções nos seus comentários. Sou brasileiro, nascido em São Paulo, Capital, economista formado na USP onde também fui professor. Fui diretor do Banco Central do Brasil, presidente do INCRA por seis anos, conheço o Brasil de cabo a rabo, desde o Rio Grande do Sul até o Acre, Roraima, Perimetral Norte, das grandes cidades aos pequenos vilarejos, os mocambos como as palafitas, favelas e tenho muito orgulho do Brasil e dos brasileiros. Tenho alguns livro escritos sobre o meu país, Brasil.
    Mas também tive a oportunidade de conhecer a Europa (trabalhei com base em Genebra na Suíça), viajei talvez uma centena de vezes pelos Estados Unidos, morei no Japão como representante do governo brasileiro para Ciência e Tecnologia, trabalhei na China, na Coreia do Sul, em Cingapura, na Malásia. Representei o Brasil em organismos internacionais como a Organização Internacional do Café, FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. Viajei mais de uma centena de vezes pela Ásia. Espero ser um dos brasileiros que conhecem muitas partes do mundo e tenho condições de fazer avaliações bastante isentas.
    Oliveira Lima ensinou-nos (ele foi fundador da Academia Brasileira de Letras, e autor de livro chamado “No Japão”, publicado em 1903) que precisamos observar os aspectos positivos como negativos para fazer uma avaliação equilibrada.
    Admiro e sei de muitas coisas que são extremamente positivas no Brasil, mas também as nossas limitações. Esteja certa que procuro ser o mais equilibrado possível, ainda que isto quase seja impossível.

    Paulo Yokota

  3. Felícia MOREIRA
    3  escreveu às 12:57 em 5 de maio de 2015:

    Na Ásia fica tudo mais fácil, porque são todos da raça amarela, mesmos costumes, culturas, religiões etc. Fiquei sabendo que os japoneses usam letras chinesas e que yakisoba, tofu etc. são todos pratos da China. Até o caratê é chinês. Tem a questão do budismo que tem nas Coreias, Japão etc.

  4. José Eduardo Rossi
    4  escreveu às 19:38 em 5 de maio de 2015:

    Concordo com o amigo. O Brasil poderia, exemplificativamente, fazer um intercâmbio maior com os nossos vizinhos Argentina, Uruguai etc.

  5. Cláudia Mansur
    5  escreveu às 20:00 em 6 de maio de 2015:

    Ótimo blog sobre a Ásia!!!!!

  6. Rafael Blanco
    6  escreveu às 11:37 em 8 de maio de 2015:

    Maravilhoso artigo!

  7. Roni Greco
    7  escreveu às 19:31 em 8 de maio de 2015:

    Doutor Yokota:

    Sábias as suas palavras em resposta ao discurso tresloucado da Sra.Valdirene Silva. Mostra que o senhor é polido e, sobretudo, inteligente, diferentemente de certas leitoras… Aliás, a Sra. Felícia Moreira desconhece que o caratê é uma arte marcial japonesa, que surgiu em Okinawa. Sei que os japoneses usam ideogramas chineses (Kanji) com caracteres nipônicos (Kokuji, Katakana e Hiragana). Ademais, a Sra. Moreira acredita que, na Ásia, há apenas pessoas da etnia amarela… Meu Deus!

  8. Paulo Yokota
    8  escreveu às 11:18 em 9 de maio de 2015:

    Caro Roni Greco,

    Obrigado pelos comentários. Os desconhecimentos na América Latina sobre a Ásia é muito grande, como também dos asiáticos sobre a América Latina. Na realidade, a modesta intenção deste site Asiacomentada é divulgar alguns aspectos destas regiões para intensificar um pequeno aumento de conhecimentos recíprocos, pois no mundo globalizado todos nos seremos cidadãos deste pequeno planeta no qual temos aprender a conviver.

    Paulo Yokota

  9. Carla Nucci
    9  escreveu às 20:25 em 9 de maio de 2015:

    Liga não para certos comentários ignorantes! Este blog é um golaaaaaaaaaaaaaaaaaaço!!!

  10. Paulo Yokota
    10  escreveu às 02:52 em 10 de maio de 2015:

    Cara Carla Nucci,

    Obrigado pelo comentário.

    Paulo Yokota

  11. Carlos Silva
    11  escreveu às 11:51 em 12 de maio de 2015:

    Doutor Yokota:

    Fico com pena do senhor ao ter de ler comentários como os das leitoras Valdirene Silva e Felícia. Acho que a primeira nunca pesquisou sobre multinacionais como Mitsubishi Heavy Industries, Kawasaki Heavy Industries e JX Holdings. Seria interessante acompanhar o Valor Econômico, Época Negócios etc.

    Dr. Paulo, não desanime!

    Por fim, acho ridículo fazer patriotada com esportes.

  12. Paulo Yokota
    12  escreveu às 18:41 em 12 de maio de 2015:

    Caro Carlos Silva,

    A internet é bastante livre e permite observações das mais variadas qualidades. Somente absurdos devem ser retirados. O desejável seria que o nível de educação e informação fosse melhorado, e devemos contribuir com o que for possível para tanto.

    Paulo Yokota

  13. Irene Mota de Lima
    13  escreveu às 20:09 em 13 de maio de 2015:

    A Valdirene Silva e a Felícia Moreira são prova incontestável da precariedade do ensino no Brasil.

  14. Paulo Yokota
    14  escreveu às 21:11 em 13 de maio de 2015:

    Cara Irene Mota de Lima,

    Obrigado pelo comentário.

    Paulo Yokota


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