Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Alguns Exageros de Polarização

1 de junho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Convenhamos que o mundo globalizado passe por um período onde não se registram notícias positivas de grande destaque e a mídia internacional tende a enfatizar diferenças, quando na realidade tudo parece um cinza, nem branco e nem preto.

 

Mar Sul da China, onde as tensões são mais fortes

Quando o mundo está passando para uma nova realidade geopolítica, onde os Estados Unidos era o líder incontestável para uma que registra as ascensões da China e da Índia, notadamente pela dimensão de suas populações e economias, sempre serão sentidos os ruídos dos ajustamentos. Isto ocorre não somente pelo aumento da capacidade militar da China nos mares que a cercam, como também do acentuado crescimento das economias chinesas e hindus, que, juntas, já superam a norte-americana e as europeias.

Observam-se no noticiário dos ingleses, influentes no mundo com veículos como The Economist, Financial Times e BBC, apesar das tentativas recentes da Índia com o primeiro-ministro Narendra Modi, dentro de uma orientação geral neoliberal, as observações críticas estão sendo formuladas, em que pesem o reconhecimento das dificuldades de um país tão complexo que exige uma iniciativa governamental, mesmo que a sua administração mal tenha completado um ano.

Ainda que a China esteja passando por um novo patamar de crescimento, com reformas significativas e iniciativas em todo o mundo, mantendo uma taxa certamente superior que a da média mundial, as observações críticas da imprensa internacional são mais frequentes.

Parece que há uma tentativa de rotular tudo como se fosse um confronto dos Estados Unidos e seus aliados, com o bloco dos países que se beneficiam do crescimento da China. Na realidade, de forma pragmática, todos os países no mundo estão se posicionando para tirar proveito das relações com os dois blocos, que se sobrepõem em muitos aspectos e interesses.

Os Estados Unidos e a Europa, aos quais poderia se incluir no mínimo o Japão e a Austrália, ainda são os grandes mercados que não podem ser ignorados por todos que reconhecem a importância das relações com o exterior para promover seus desenvolvimentos. Mas também não se pode desprezar o crescimento que está se registrando na China e na Índia, notadamente pelas potencialidades de prosseguimento futuro desta tendência.

Também os líderes das duas maiores potências mundiais procuram conversar entre si, tanto do ponto de vista político, econômico como militar, com têm acontecido com os intercâmbios das autoridades norte-americanas e chinesas. Ninguém lucra com o confronto e sabe que existem mais interesses comuns que divergentes.

Quando se notam artigos enfatizando a polarização, parece que seus autores procuram destacar os interesses divergentes até na falta de assunto. Todos sabem que a guerra fria passada entre os Estados Unidos e a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, liderada pela Rússia, só redundaram em volumosos gastos militares, que poderiam ter sido usados para o desenvolvimento. A repetição de tais climas não parece mais conveniente, ainda que sempre existam pessoas extremadas imaginando poder colher benefícios de potenciais confrontos.



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