Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Multiplicam-se os Startups na China e na Índia

30 de junho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Um artigo publicado por Krishna Kumar Vr no China Daily informa que estão surgindo muitos startups na China e na Índia. Com o sucesso de algumas delas, muitos recursos estão sendo canalizados até do exterior.

Zhongguancun, o Vale do Silício chinês perto de Beijing

Casos como o do Xiaomi, maior fabricante de smartphones da China, que está cotado com valor de US$ 46 bilhões, ou a Flipkart, a maior varejista da Índia em vendas, avaliada em US$ 15 bilhões, estão estimulando a criação de muitas startups nestes dois países, procurando aproveitar o crescimento recente destas economias, conforme o artigo acima mencionado.

Zhongguancun, considerado o Vale do Silício chinês, começou com 49 startups por dia no ano passado. O Ministério Estatal para Indústria e Comércio daquele país informa que mais de 3 milhões de pessoas criaram as suas próprias empresas nos nove meses, que começou em março do ano passado depois da simplificação do processo de registro destas empresas.

Está havendo um forte influxo de recursos do exterior para participar do capital destas empresas, e a China tem 1.600 incubadoras tecnológicas e mais de mil entidades que investem nelas. Um fundo de US$ 6,5 bilhões é utilizado para apoiar estes startups tecnológicos, que são sementes no país.

No passado, conseguir recursos para estas iniciativas era mais difícil, mas hoje há empresas de chineses em Cingapura, como a Monk Ventures, para investir em startups tecnológicos na Ásia.

Muitos começaram com poucos mil dólares destes próprios empresários e agora já atingem dimensões apreciáveis. Os chineses como os hindus sempre foram ousados nestas iniciativas, e muitas não obtêm sucesso, mas as que conseguem acabam estimulando outras para estas aventuras.

Isto não acontece ainda de forma intensa em outros países emergentes, mas a febre está se espalhando e os países que não contam com mecanismos para o seu incentivo, inclusive com fundos para participarem do seu capital, podem ficar para trás.

Isto serve como alerta para países como o Brasil, que no momento parece tomado de cautelas, ainda que existam muitas oportunidades para aproveitamento da biodiversidade brasileira, tanto para o mercado interno, que passa a exigir produtos mais saudáveis, como para exportações.



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