Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Aperfeiçoamentos Históricos Com Pequenas Mudanças

16 de julho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image001Quando longos isolamentos internacionais como os impostos ao Irã começam a ser superados, há episódios marcantes mostrando que na história milenar destes países são equívocos que acabarão sendo esquecidos no futuro.

Uma foto de uma área em Teerã hoje

Uma filha me informou há alguns anos que visitaria o Irã, me deixando um pouco preocupado, ainda que ela tenha feito diversas viagens pelo mundo, inclusive pelo Oriente Médio. Ela foi ao interior daquele país e ficou surpresa com a hospitalidade do povo simples e pobre que a recepcionou com almoços, jantares e hospedagem, tudo muito modesto. Quando informou que prosseguiria sua viagem, providenciaram alimentos para a jornada de uma estrangeira que mal conheciam. Isto seria uma pequena amostra das distorções que os noticiários políticos acabam nos incutindo, fazendo com que nos esqueçamos da milenar história do Império Persa e do seu povo.

Visitei Xian com minha família em torno de 1985, quando ainda o exército de cerâmica era uma descoberta recente, mal aproveitada, apesar de suas enormes potencialidades. Minhas viagens pelo interior da China deixavam a lembrança de grandes massas de pessoas se deslocando com os meios de transportes disponíveis na época, como os trens superlotados.

Recentemente, uma amiga visitou a China, começando por Beijing, passando por Xangai e chegando a Xian. Muitos pavilhões foram construídos para atender esta massa de turistas, quase na sua totalidade de chineses locais. Os atendimentos para os estrangeiros continuavam precários, pois eles são insignificantes diante da grande massa de turistas chineses. Ela só encontrava informações no idioma local.

Ela estava acompanhada da filha e neta e perdeu-se delas nestas visitas, mas como não dominava o mandarim teve extrema dificuldade para retornar ao hotel. Muitos imaginam que, com a atual globalização, o interesse internacional sobre a China e locais como Xian, que, além do exército de terracota, era o ponto inicial da Rota da Seda, teriam condições de um atendimento adequado aos turistas estrangeiros. É que temos dificuldades para entender que eles são, quando muito, 0,1% o total dos turistas chineses.

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Uma foto do impressionante exército de terracota de Xian

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Uma vista da cidade de Xian

Quando nos baseamos somente nas informações dos meios de comunicação social voltados para o exterior, acabamos sendo desviados das realidades locais. Imagino a dificuldade dos turistas estrangeiros nas favelas brasileiras ou numa região como a 25 de março em São Paulo. Dificilmente encontrarão serviços de orientações, por exemplo, a não ser que tenham providenciado um antecipadamente ou entenda um mínimo do idioma português.



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