Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Escolas Públicas Para Filhos de Estrangeiros no Japão

2 de julho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002Um artigo publicado por J.J.O’Donoghue no The Japan Times trata de uma parte do problema das escolas para os filhos de estrangeiros no Japão, pois a sua complexidade exige muitos outros para explorar todas as alternativas para diferentes situações.

Ilustração do artigo no The Japan Times abordando o uso de escolas públicas que ajudariam a integrar filhos de estrangeiros na comunidade local

Existem variadas situações de filhos de estrangeiros que enfrentam os problemas da educação primária naquele país. Os daqueles que estão vivendo no Japão temporariamente, com a perspectiva de se mudarem para outros países e os preparam para serem cidadãos do mundo. Os que estão trabalhando no Japão, como semelhantes aos imigrantes e esperam se integrar na comunidade local com horizontes de longo prazo. Os que são casados com japoneses, com filhos mestiços que lá são conhecidos como “half”.

As escolas disponíveis são variadas, havendo as públicas destinadas aos japoneses que estão aumentando a integração com os estrangeiros, que ainda são exceções. As escolas internacionais que existem muitos países no mundo. As escolas de comunidades de estrangeiros, como as dos brasileiros. As primeiras são mais acessíveis, enquanto as demais costumam ter custos muito elevados. Algumas ministram as aulas em japonês, havendo as que são bilíngues.

Como estas combinações acabam gerando situações variadas para as famílias e qualquer generalização é perigosa, havendo ainda aquelas que apresentam facilidades maiores ou menores de adaptações. O que pode ser colocado é somente que existem muitos exemplos de sucesso como de dificuldades, devendo se registrar que existem problemas mesmo para os japoneses, com muitos casos de bullying com pessoas que fogem da normalidade.

O autor do artigo também deve ser um estrangeiro que enfrenta estes problemas e ele informa que preferiu uma escola pública para facilitar a integração de sua família na comunidade local. Muitos casos são citados, na maioria de forma satisfatória, ainda que sempre existam pequenos problemas que são apontados. Há um reconhecimento de que se efetua um esforço para melhores adaptações, onde todas as partes envolvidas estão num processo de aprendizado.

Algumas queixas de bullying são apontadas, mas não parecem constituir em graves problemas, sendo que as autoridades locais responsáveis pelas escolas procuram resolver estes problemas. De forma geral, parece que são atenciosos e procuram aperfeiçoamentos.

A nossa experiência com alguns casos indicam que muitas das famílias de expatriados enfrentam problemas relacionados com a falta de uma raiz fixa para os seus filhos, com constantes mudanças por diversos países. São os casos de diplomatas e funcionários de empresas que atuam internacionalmente, mesmo que tendam a se tornar cidadãos internacionais. Muitos problemas são apontados com defasagens entre os membros das famílias no processo de integração, notadamente no domínio dos idiomas e das culturas, onde as crianças são mais ágeis do que seus pais. Mas quando retornam aos seus países de origem ou mudanças para outros países as crianças sofrem outros problemas de adaptações, onde as escolas constituem somente uma parte do problema.

Na realidade, no atual mundo globalizado, o número de famílias envolvidas nestes problemas acaba sendo mais elevado, mas de outro lado isto se torna algo comum. Aparentam serem casos como das famílias estáveis, ou de separações dos pais, que sempre são traumáticas, mas com o aumento do seu número começa aparentar ser algo comum, feliz ou infelizmente.



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