Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Estudos do FMI Sobre a China e o Novo Normal

30 de julho de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

Apesar de muitos tentarem entender que a China está mais preparada para manter um crescimento econômico elevado, os problemas que estão surgindo mostram a existência de muitos pontos em comum com as demais economias emergentes.

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Gráfico incluído num estudo publicado pelo FMI mostrando a mudança do patamar do crescimento econômico médio

Muitas instituições e pesquisadores estão estudando o que está acontecendo na China, dado o seu impacto no resto do mundo.

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Alguns estudos sobre o crescimento da China citados no artigo citado

O estudo do FMI foi elaborado por Cindy Li, do FED de São Francisco, USA, ela que vem estudando tanto a China como o Sudeste Asiático. E mostra que de um crescimento econômico elevado está passando para uma velocidade média, entrando no chamado novo normal.

Todos entendem que esta redução é adequada, pois nenhuma economia poderia continuar a crescer acima de 8% ao ano para sempre. E o governo chinês está procurando efetuar as reformas indispensáveis para continuar com este crescimento moderado, com o chamado soft landing. O estudo analisa o impacto que provoca sobre o sistema bancário chinês, pois existem ainda muitas empresas com capacidade ociosa, tendo que absorver prejuízos estimados em US$ 34 bilhões, segundo o artigo.

Esta desaceleração terá efeitos também sobre o segmento político, e as dificuldades serão muitas em variados setores. Uma delas está se observando no mercado de capitais da China que passa por acentuadas turbulências, transmitindo efeitos sobre o resto do mundo. Também existem problemas com relação à inflação, cuja meta é de 4% ao ano.

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Uma foto ilustrativa do mercado de carne de porco na China, cujo preço está subindo 60%, como consta de um artigo do Nikkei Asian Review

Como não existe uma liberdade para a autoridade monetária chinesa, que depende do governo, há dificuldades para o controle da inflação, exigindo uma coordenação com a administração fiscal dada às complexidades daquela economia, inclusive com as autoridades locais. Também como em outros países emergentes, fatores inesperados como a elevação brutal do preço da carne de porco ocorrem, indicando que a inflação tende a ficar ao nível de 5% ao ano.

São problemas normais verificados em todas as demais economias, principalmente as que dependem do mercado. Também na China, apesar de um comando centralizado, há necessidades de convivência de autoridades locais com o setor privado.



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