Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Os Potenciais de Lítio da América do Sul

2 de agosto de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002Um artigo elaborado por Fabiano Maisonnave e publicado na Folha de S.Paulo informa sobre a pouca racionalidade do governo boliviano que conta com grandes salinas como o Salar de Ayuni que pretende explorar com o desenvolvimento de uma tecnologia própria, sem a participação de grupos internacionais.

Foto da Salar de Uyuni na Bolivia

Sabe-se que o lítio, minério estratégico principalmente para baterias com avançadas tecnologias como as que vão ser utilizadas nos veículos elétricos, mas que servem também para o armazenamento das energias limpas como a solar e a eólica, encontram melhores possibilidades econômicas nos gigantescos campos de sais como os encontrados na Bolívia, no Chile e na Argentina.

O sal não é um produto raro no mundo, mas os seus grandes depósitos que permitem uma exploração econômica do lítio precisam ser estudados nas suas viabilidades econômicas, necessitando de altas tecnologias para o seu aproveitamento. Algumas pesquisas estão sendo feitas no Chile como em Atacama para a sua cubagem adequada.

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Depósitos de sais no Deserto de Atacama, Chile

O desenvolvimento destas tecnologias exigem grandes investimentos e muito tempo para a sua maturação, principalmente para ser efetivado por um país economicamente pobre como a Bolívia. Ainda que as reservas bolivianas aparentem ser as mais promissoras, outras como a do Chile podem ser exploradas economicamente, pois já estão sendo estudadas em conjunto com entidades como as japonesas, havendo também interesse de coreanos e chineses.

O artigo publicado na Folha de S.Paulo inclui declarações como o do presidente Evo Morales, que pretende completar todo o ciclo na Bolívia, incluindo produções de automóveis elétricos que utilizem as baterias feitas naquele país com o uso do lítio. Que isto seja possível não existe dúvidas, mas muitos investimentos e décadas serão necessários, podendo ser ultrapassados por outros países que estejam abertos à cooperação internacional.

Sempre existem mecanismos para a defesa do interesse nacional, onde uma abertura às parcerias internacionais podem viabilizar os empreendimentos de grande monta, abreviando o tempo necessário para a sua maturação, observando os avanços dos estudos em todos os países que apresentam melhores condições para o desenvolvimento dos demais setores envolvidos em programas tão amplos.



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