Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Um Panda Gigante Num Apartamento

11 de agosto de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

imageA dimensão da economia chinesa no atual mundo globalizado vai mostrando os ajustamentos que necessitam ser feitos rapidamente pelas outras economias, notadamente com a desvalorização do seu câmbio de referência.

Um Panda gigante incomoda muito num espaço limitado

Todos no mundo aplaudiam o rápido crescimento econômico da China nas últimas décadas que beneficiavam outros países criando novas oportunidades de negócios. O Brasil passou a ter a China como o principal parceiro comercial, fornecendo minérios e produtos agropecuários para suas necessidades, ao mesmo tempo em que os preços destas commodities se elevaram substancialmente. As importações eram de uma ampla gama de produtos industriais. Mas o tempo das vacas gordas terminou e agora a China passa a ter necessidade de reformas substanciais de sua economia, procurando depender mais do seu mercado interno ao mesmo tempo em que procura ampliar as suas exportações para utilizar parte de sua capacidade ociosa, com um crescimento ligeiramente reduzido.

Este site já postou o que vem acontecendo no mercado mundial de produtos siderúrgicos que vai ser fortemente afetado, pois metade da capacidade das usinas está localizada na China, promovendo o aumento da sua exportação. O mesmo acontece com diversos produtos relacionados com a construção civil, tanto os equipamentos como as matérias-primas, pois também metade deste setor mundial encontra-se na China.

Para surpresa de muitos, as autoridades chinesas, além de ampliarem os créditos internos, provocoram uma desvalorização de dois por cento do seu câmbio de referência, que tem uma margem para a sua variação. Como os resultados das exportações chinesas deste ano não foram satisfatórios para suas autoridades, com o câmbio desvalorizado, que em condições normais seria evitado por um país com pretensão que sua moeda tenha circulação mundial, a China pretende estimular a exportação de seus produtos.

Evidentemente, devem ocorrer reações dos parceiros comerciais da China em todo o mundo, como já vem ocorrendo com o Japão. Quando já havia muitos problemas no mundo, esta nova situação vai acabando necessitando de novos ajustes que não devem ser fáceis.



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