Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Discussões Sobre a Pesca do Atum no Pacífico

4 de setembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002Como é amplamente conhecido, existem diversas variedades de atum, sendo que o conhecido como rabilho (hon maguro em japonês, bluefin em inglês, thunnus thynnus pelo nome científico) é dos mais apreciados pelos consumidores. Encontra-se com o seu estoque natural em situação considerada “vulnerável” pela International Union for Conservation of Nature. 80% do pescado no Pacífico são consumidos pelos japoneses.

Este site vem publicando muitos artigos sobre o atum, pois o seu estoque na natureza está hoje restrito a cerca de um quarto do que era há algumas décadas, diante da pesca intensa, mesmo contando com a sua criação em diversos países. Agora o Asahi Shimbun informa que houve um acordo ainda provisório entre o Japão, Estados Unidos, Taiwan, Coreia do Sul, Canadá e Fuji para a declaração de um novo estado de emergência desde 3 de setembro deste ano, estabelecido numa conferência da Comissão de Pesca do Pacífico Ocidental e Central, onde a pesca é mais intensa.

A decisão final sobre a cota para a pesca deverá ocorrer em dezembro próximo, estabelecendo as condições específicas para a pesca, sendo que os Estados Unidos propõem o aumento da população natural para cerca de 120 mil toneladas nesta parte do Pacífico. Esta meta é contestada pelos japoneses e outros países, cujos interesses comerciais são mais intensos.

O assunto está se assemelhando com a pesca da baleia que, apesar de condenada pela opinião pública, ainda conta com resistência dos interesses comerciais. A solução definitiva deve ocorrer com os aperfeiçoamentos das criações que estão ocorrendo em variadas partes do mundo, com o contínuo melhoramento das tecnologias para a sua criação.

Além das alimentações com as rações, estão se desenvolvendo técnicas para o uso de águas profundas, associadas com a produção de energia com a diferença das temperaturas, mas que também trazem para a superfície microrganismos que servem de alimentação dos peixes.

São variadas as frentes de pesquisas, pois segundo a FAO, as demandas para as proteínas de peixes devem continuar crescendo cerca de 5% ao ano até 2050, pois são consideradas as mais saudáveis e benéficas para a saúde. O país onde a sua demanda está crescendo muito rapidamente é a China, cuja população provoca grandes desequilíbrios.

O Brasil tem condições para contribuir com o aumento significativo da oferta de peixes criados.



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