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Estadão Sobre Ascensão e Queda da Classe Média

1 de novembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002Um artigo publicado por Márcia de Chiara e Anna Carolina Papp foi publicado no site do Estadão comentando um estudo efetuado pelo economista Adriano Pitoli, sócio da Tendência Consultoria, sobre a mobilidade da chamada classe C no Brasil.

Tabela incluída no estudo de Adriano Pitoli

O estudo informa que os dados básicos são do IBGE e estas classificações são muito usadas pelos que trabalham com as possibilidades dos seus consumos nas lojas. Mas é preciso considerar a utilização de índices da inflação, pois se referem a períodos longos, como entre 2008 e 2014, quando ocorreram variações de preços que alteraram o poder de compra das rendas indicadas, ao mesmo tempo em que são elaboradas hipóteses sobre a sua evolução futura, para se poder concluir a possibilidade de uma volta da chamada classe C para a base da pirâmide até 2017.

Todos os dados estatísticos utilizados pelos economistas sempre são utilizadas algumas hipóteses ocasionalmente apresentadas com toda a clareza para o grande público pela imprensa. É recomendável que as conclusões sejam tomadas como possíveis referências gerais, admitindo-se intervalos amplos, dadas as limitadas precisões destas conclusões. Mas são respeitáveis esforços para tentar interpretar o que estaria acontecendo.

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Ampliação da tabela para permitir o exame dos dados

O artigo inclui outros comentários adicionais efetuados por profissionais que analisaram estes dados, sugerindo que a volta da classe média para as bases da pirâmide ocorreria com o desemprego, a redução dos salários reais bem como muitos endividamentos assumidos, que tendem a contar com juros reais elevados, no que deve ter razões.

O que fica difícil de avaliar é se muitos não adquiriram patrimônios como imóveis financiados, móveis e utensílios, automóveis tendo sido beneficiados, além das experiências que adquiriram ao longo destes períodos, inclusive com cursos efetuados. Há que se considerar também as mobilidades geográficas, muitos se transferindo para as regiões mais dinâmicas do país ou retornando para os locais de suas origens.

Mas é evidente que o percentual dos que ascenderam para a classe C sofrerão ajustes e os seus retornos às condições anteriores são dramáticas, pois adquiriram novos hábitos que são obrigados a, no mínimo, reduzir.



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