Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Indústrias Automobilísticas no Mundo

13 de novembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Se existe um segmento industrial que passa por fortes ajustes no mundo, este certamente é o dos produtores de veículos. Um artigo publicado no The Wall Street Journal foi republicado pelo Valor Econômico em português, cuidando de parte dos seus problemas, onde o custo dos recursos humanos acaba sendo relevante.

Foto que ilustra material publicada no The Wall Street Journal

Os ajustes salariais efetuados pela GM com os sindicatos norte-americanos mostram as dificuldades das montadoras nos Estados Unidos continuarem competitivas no mundo em longo prazo, principalmente quando as quantidades produzidas na China são gigantescas e alguns modelos preferidos dos chineses, como o Buick Envision, podem abastecer os Estados Unidos.

Os brasileiros, que preferiam marcas tradicionais como as dos japoneses, passaram a utilizar os modelos coreanos, sem nenhum preconceito de sua eficiência. Estas mudanças continuam se observando no mundo e esta não é a primeira crise de ajustamento pela qual passa a indústria automobilística mundial.

No passado, principalmente a partir de 1972, o Brasil passou a contar com a montagem e lançamento simultâneo dos chamados modelos mundiais, como o Santana da Volkswagen, o Uno da Fiat, o Passat (que até ficou com um modelo conhecido como iraquiano) e indústrias como a GM e a FORD passaram a usar componentes produzidos no Brasil em diversos países do mundo. Estavam dentro do programa brasileiro denominado BEFIEX, que inseria o Brasil no mundo que estava começando a se globalizar.

A GM produzia no Brasil motores que eram exportados para o Japão, onde eram utilizados nas suas montagens e reexportados para os Estados Unidos. Todos os veículos da FORD no mundo utilizaram rádios brasileiros da PHILCO. A falta de visão de algumas autoridades brasileiras deixaram de dar continuidade às prioridade para estas exportações e a inserção da indústria brasileira no mundo e acabaram provocando parte importante dos problemas que enfrentamos hoje.

Voltamos a correr o risco de produzirmos carroças no Brasil. A esperança é que o novo nível cambial, complementado por algumas medidas em estudo no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, tenha prosseguimento, deixando as visões sindicalistas como as que estão sucateando Detroit.

Como dizia um ditado utilizado para publicidade no passado: o mundo gira e a Lusitana roda.



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