Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Reformulação no Esquema do Comando Militar na China

27 de novembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , , ,

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Este assunto é especializado para os analistas de segurança e não são fáceis para os leigos em assuntos militares. Xi Jinping já centralizava muito do poder da China, inclusive no comando militar desde quando se tornou presidente, mais que seus antecessores, anuncia uma nova organização visando maior eficiência operativa de suas forças, devendo acirrar a reação de outros países, apesar da aparente desarticulação da Pax Americana.

Presidente Xi Jinping, que também é presidente da Comissão Militar Central, fala em uma reunião sobre a reforma das forças armadas em Pequim, capital da China. [Foto / Xinhua]

Xi Jinping já vem anunciando há tempos a disposição da China aumentar sua capacidade militar e a presença notadamente no Mar Sul da China, com a construção de bases no mar, bem como mostrando nos desfiles quando comemoraram os 70 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial os novos equipamentos que serão utilizados.

Ainda que as notas da agência oficial chinesa Xinhua sejam sempre concisas, e tenham sido utilizadas na maioria dos meios de comunicação relevantes no mundo, a determinação com que estas mudanças estão sendo feitas acabam justificando preocupações de vizinhos asiáticos como o Japão, o Vietnã, as Filipinas e até a Austrália, notadamente com o esvaziamento da Pax Americana.

Até o passado recente, as questões militares na China eram tratadas por eles divididos em diversas forças, podendo haver até divergências. Agora, parece que a intenção de Xi Jinping é de um comando único, e em suas mãos. É poder demais, e só funcionaria com uma personalidade destacada como ele, mas o normal é gerar resistências internas.

Há uma impressão que o aumento da demanda de equipamentos militares também visa manter um mínimo de crescimento da economia chinesa, que vem sofrendo para manter o patamar estabelecido pelo governo. O risco de tudo isto é de se provocar uma corrida armamentista no mundo, exigindo que recursos que precisam ser voltados para as outras necessidades sociais e de sustentabilidade como do meio ambiente acabem sendo sacrificados.



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