Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Lojas de Conveniência e Varejistas do Japão com Lucros

28 de dezembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image001Os resultados de lojas de conveniência e varejistas do Japão nos nove meses do ano até novembro último indicam bons resultados, com as mudanças que estão ocorrendo naquela economia e em locais onde atuam no exterior.

A rede de lojas de conveniência Seven & i Holding, a maior do Japão, indica bons resultados obtidos no país e nos Estados Unidos. Foto ilustrando mudanças nas suas estratégias, com produtos prontos, que só necessitam de aquecimento nos micro-ondas

Segundo um artigo escrito por Tomishizu Kawase e publicado no Nikkei Asian Review, os resultados das três maiores redes de conveniência do Japão, a Seven & i, Lawson e Family Mart, conseguiram bons resultados nos últimos nove meses que terminou em novembro último, um recorde de 40 anos para o mesmo período considerando as mesmas lojas no Japão. Na Seven & i, estes resultados decorrem das vendas dos macarrões prontos para serem aquecidos nos micro-ondas, os populares bolinhos de arroz (oniguiri) e sanduiches. Concentraram-se nos produtos considerados de catering diferentes para cada região onde estão localizados.

Lawson está se beneficiando por ter adquirido a cadeia de supermercados de luxo de Seijo Ishii em 2014 e um aumento da demanda de produtos orientados para a saúde. A Family Mart continua aumentando as vendas com produtos de macarrão ramen atualizados para as demandas atuais do mercado.

A varejista de calçados ABC – Mart conseguiu recordes de vendas, por ter focado na moda visando a clientela feminina e turistas estrangeiros, usando marcas de ponta como Nike, Adidas e New Balance. Alcançou boas margens com produtos fabricados na China e no Sudeste Asiático, tirando partido do yen fraco.

A conhecida Bic Camera ampliou as vendas de equipamentos para a cozinha e produtos de beleza. Ajustou sua subsidiária que trabalha nas regiões rurais, renovando instalações e encerrando lojas em áreas de prejuízo. No final do período, conseguiu bons resultados.

O aumento do consumo dos chineses beneficiou a rede RyohinKeikaku, que usa a marca Muji de bens de consumo e se tornou popular entre os jovens, incluindo cosméticos, mas trabalha com uma ampla gama de produtos mais informais. Também atende muitos turistas estrangeiros.

O resultado da Fast Retailing, que trabalha com a marca Uniqlo, ainda parece incerto. Depois de ter elevado seus preços, voltou a cortar os mesmos, não se sabendo ao certo os resultados obtidos no ano.

Os analistas estão apontando que nenhuma surpresa veio ocorrendo neste tipo de varejo, que procura se adaptar ao aumento de mulheres com empregos, sem poder se dedicar aos afazeres da cozinha. O que não se sabe é qual o efeito do aumento dos impostos de vendas que deverão ocorrer somente em 2017.

O que se lamenta é o fato destas empresas estarem concentrando suas atuações no Japão e no Sudeste Asiático e, quando muito, um pouco na Europa e nos Estados Unidos. As lojas de conveniência no Brasil, lamentavelmente, apresentam problemas de segurança que são mínimos nas regiões onde elas atuam de forma eficiente para atender as mudanças observadas nos mercados locais.



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