Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mudanças Provocadas Pela Classe Média na China

26 de dezembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política | Tags: , ,

clip_image002As dimensões chinesas são sempre impressionantes e muitas fontes informam que mais de 100 milhões de chineses já podem ser considerados da classe média, certamente muito mais do triplo que no Brasil, mudando seus costumes com seus consumos e comportamento.

Um expressivo número de turistas chineses visita o exterior, inclusive o Japão, como mostra esta foto publicada no China Daily

Em regiões como Beijing e Xangai, metade da população já está sendo classificada de classe média, e em Guangzhou 40% são assim consideradas, segundo diversas entidades que estudam o assunto. São considerados pela categoria do emprego, da renda e das despesas que efetuam. Nestas cidades mencionadas, a renda anual é equivalente a US$ 30 mil por ano, mais da metade são proprietários dos imóveis onde habitam e possuem um carro.

Seus hábitos estão se alterando, sendo registrados nos chamados Blue Books da sociedade chinesa. Eles investem na melhoria de suas habilidades, principalmente na educação. Tendem a ler mais e viajam anualmente seis vezes pela China e duas vezes para o exterior, devendo se considerar que seus gastos são extremamente baixos.

As informações dão conta que na média os chineses leem cinco livros por ano, e esta nova classe média lê 12 livros. Ela está se interessando pelos problemas da comunidade, tendo o hábito de doar sangue e participa das atividades de preservação do meio ambiente. Está mais interessada em discutir problemas sociais e políticos, sendo natural esta tendência que acabará forçando o governo a provocar uma difícil distensão do controle político.

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Foto de um avô lendo para a sua neta numa biblioteca pública, publicada no China Daily

As pesquisas indicam que, dos habitantes de Beijing, a metade se considera de classe média, quando isso ocorria com 30% há cinco anos e 66% esperam que estejam nesta categoria nos próximos cinco anos. Um dado interessante é que a maioria está empregada no setor privado e procuram diretamente o emprego e não por intermédio de agências estatais, como era no passado.



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