Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Termina o COP 21 com o Acordo de Paris

13 de dezembro de 2015
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Depois de intensos trabalhos de negociações por 13 dias em Paris, 195 países chegaram à aprovação de um texto possível, cuja elaboração exigiu anos e a íntegra em inglês pode ser encontrado no http://unfccc.int/resource/docs/2015/cop21/eng/l09.pdf. O ato final ocorreu no início da noite de 12 de dezembro, no horário de Paris.

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Foto da cerimônia de aprovação, com o secretário geral da ONU, o presidente da França, o presidente da COP 21 e outras autoridades

Estes últimos dias foram de muita angústia e expectativa. Mesmo não sendo a maravilha sonhada por muitos ecologistas, a imprensa mundial está ressaltando agora que é um documento histórico e todos destacam a contribuição dos seus países. O objetivo é ousado, perseguindo a meta de um aquecimento de 1,5º C, a ser esclarecido nos próximos anos.

O Brasil afirma que estabeleceu suas metas de forma ousada, influenciando nas opiniões de outros nações, e a contribuição da ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira para se chegar ao consenso geral possível está sendo reconhecido também por personalidades de outros países.

Considerando o que veio se conseguindo de Kyoto, passando por Copenhagen, tudo indica ter havido um avanço nas intenções expressivas, pois o atual quadro das irregularidades climáticas acabou exigindo atitudes mais claras dos governantes. Muitos relevam a importância de metas e responsabilidades aceitas para o futuro, mas são medidas que só podem proporcionar resultados com muitas defasagens.

Para os cientistas, o que está ocorrendo agora são problemas que deveriam estar equacionados há décadas, e também existem incredulidades com as vinculações diretas das ações humanas com o que acontece no universo todo ao longo de milênios.

No entanto, parece que medidas independentes dos acordos já começam a ser tomadas. São notórias as evidências de que nas próximas décadas combustíveis mais poluentes como o carvão mineral e os derivados do petróleo acabarão sendo reduzidos, e as matrizes energéticas evidenciam a crescente competitividade de energias não poluentes, como a eólica e a solar. As tecnologias estão avançando para a redução destas poluições.

Os problemas que estão sendo enfrentados parecem despertar também a consciência popular que desmatamentos e outras ações danosas ao meio ambiente devem ser condenados. Além das providências governamentais, as ações do setor privado caminham para práticas mais aceitáveis.

Mesmo em países que apresentam gigantescos problemas como o Brasil, as tendências mais recentes são no sentido de reduzir as agressões ao meio ambiente, e sempre que possível adotar-se medidas para favorecer a sua preservação. Talvez ainda não seja suficiente, mas os jovens e as crianças estão mais conscientes que podem ajudar na sua melhoria, fundamental para sua qualidade de vida.

O mundo está mudando, e muitos gostariam que fosse mais rápido, mas decisões como as tomadas em Paris parecem acenar no sentido de sua aceleração. Aparentemente, os verdadeiros problemas que afetam a humanidade começam a ser atacados. Tenhamos esperanças e vamos dar a nossa contribuição pessoal, que somados podem beneficiar a coletividade.



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