Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Medicina Ocidental e a Tradicional Medicina do Mundo

12 de janeiro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , , ,

imageNão se pode duvidar da qualidade da revista científica Science, publicada pela American Association for the Advancement of Scence que divulga uma série de importantes estudos. No volume 350, número 6263 de novembro último, publica diversos artigos sobre avaliações de produtos até tradicionais de origem erval de muitas procedências. Todos concluem que são necessários estudos mais completos, embora muitos sejam utilizados até por milênios, o que parece parcialmente válido também para muitos medicamentos de origem química produzidos em laboratórios.

Sede da American Association of Advance Science, que publica a revista Science

Um dos artigos refere-se ao ginseng, conhecido como de origem coreana, que admite ser conhecido desde 2000 AC, portanto, mais de 4 mil anos. Mesmo reconhecendo o seu importante papel como suplemento na saúde, notadamente no Leste Asiático, conclui que sua eficácia precisa ser comprovada ainda por pesquisas clínicas. Muitos reconhecem agora que estes tipos de produtos, como os medicamentos de origem química, podem ter reações diferenciadas por pacientes, notadamente os de etnias diferentes, que determinam até fisiologias variadas, na opinião de leigos.

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                                    Tradicional ginseng já apresentado em cápsulas

Parece haver uma maior intensidade de pesquisas em todo o mundo, havendo propostas para a padronização dos critérios, de forma que estes medicamentos possam ser utilizados em diferentes países. Regiões tradicionais como a África e a América do Sul apresentam ervas utilizadas para determinadas doenças, cujos conhecimentos foram transmitidos de forma oral, e que agora estão sendo pesquisados nos seus conteúdos ativos.

Os mais conhecidos são os da tradicional medicina chinesa, que se espalharam nos seus usos pelos diversos países asiáticos. Cuidados estão sendo tomados para os seus efeitos colaterais, que nem sempre são prevenidos até em produtos de origem química. Está sendo proposta uma rede de laboratórios para estas pesquisas. Até a eficiência da acupuntura para a insônia está sendo questionada.

Parece, para um leigo, que as diferenças básicas de approach da atual medicina ocidental e a oriental provocam muitas destas diferenças nas análises. Enquanto no ocidente caminhou-se para a exagerada especialização, a tendência no oriente continua sendo o de avaliação global de um paciente, entendendo que muitas causas são provocadas por segmentos humanos diferentes, inclusive psicológicos ou cerebrais.

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                         Acupuntura já é considerado uma especialidade médica no Brasil

Espera-se que as complementações que estão sendo promovidas ajudem nos diagnósticos como nos tratamentos, sem preconceitos, onde os interesses comerciais não sejam os preponderantes, para o benefício de todos.



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