Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Bloomberg e as Suas Projeções

19 de janeiro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Com as divulgações dos crescimentos do PIB para 2015 da economia chinesa e indiana, com esta superando a primeira, bem como os previstos para os Estados Unidos, um artigo publicado por Sandrine Rastello no site da Bloomberg efetua as projeções para 2020, procurando especular sobre as suas dimensões futuras.

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Gráficos publicados no artigo da Bloomberg

Mesmo que o crescimento chinês tivesse sido superado pelo hindu, ambos superiores aos dos Estados Unidos, ainda assim a Índia estaria muito longe de aproximar-se dos norte-americanos, sendo que a China estaria mais próxima em 2020, como pode ser visualizado pelo crescimento desde 1990.

Os analistas internacionais continuam estranhando estas estimativas chinesas como as hindus, tanto pela rapidez com que são divulgadas e nem sempre revistas posteriormente. Outros indicadores, como os transportes de mercadorias na Índia, aumentam as dúvidas sobre estas estimativas. Também as chinesas, de um país ainda autoritário, nem sempre permitem contestações, sendo que alguns analistas chineses chegam a colocar em dúvida a sua precisão.

São evidentes que as contas nacionais, dentro da metodologia recomendada pelas Nações Unidas, são estimativas baseadas em amostragens, pois os censos são demorados e custosos. Mesmo contando com limitações, normalmente são feitos por órgãos técnicos, evitando-se interferências das conveniências políticas.

Alguns países possuem longas tradições técnicas nestas estimativas que, mesmo aperfeiçoadas ao longo do tempo, são vistas pelos analistas como aceitáveis. Os critérios acabam sendo variados pelos diversos países, e, no caso da China, tanto as administrações locais como das estatais acabam considerando os bens nem sempre utilizados, como as habitações ou organizações com capacidade ociosa, ainda não ajustada para os conceitos crescentemente relacionados com o mercado.

No caso da Índia, o seu sistema federativo também acaba com forte influência das províncias locais, que são praticamente independentes do governo central. Nos Estados Unidos, com sua longa tradição democrática, acredita-se que os dados são mais transparentes.

Estas projeções para o futuro parecem estar baseadas nos dados passados, sem que haja um modelo específico para suas estimativas. Portanto, seriam somente dados vagos para que se formule uma ideia, se tudo continuar como veio ocorrendo no passado recente, sem considerar as reformas que estão se processando.



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