Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Pesquisas Minerais no Alto-Mar

26 de fevereiro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Os japoneses desenvolveram submergíveis e navios que permitem pesquisas minerais no alto-mar, sendo que as áreas mais promissoras são chaminés existentes nas águas menos profundas, onde podem existir minérios raros.

Navios de pesquisa em alto mar Chikyu da JAMSTEC

A JAMSTEC – Japan Agency for Marine-Earth Science ad Technology vem efetuando pesquisas em alto-mar, notadamente nas chaminés formadas por erupções, com prioridade para o Pacifico nas proximidades do Japão. Mas também possuem submergíveis que permitem colher amostras de minérios no fundo do mar, que estão utilizando inclusive no Atlântico, numa cooperação técnica com o Brasil, notadamente no chamado Alto Rio Grande, que tem uma pequena profundidade mesmo quando se caminha em direção ao leste, para a África. Acredita-se que no passado a América do Sul estava ligada à África.

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Ilustração de um submergível da JAMSTEC em ação

Os pesquisadores japoneses têm a esperança que até ouro e prata sejam encontrados em pequenas proporções nas chaminés hidrotermais do fundo do mar, segundo artigo publicado por Daisaku Sudo, no Asahi Shimbun.

As pesquisas no Pacífico estão dando prioridade a mil metros de profundidade a cerca de 200 quilômetros a noroeste da principal ilha de Okinawa. Os levantamentos iniciais mostram que uma tonelada de minério continha 45 quilos de cobre, 100 gramas de prata, 1,35 gramas de ouro, o que é considerado promissor no Japão. Outras pesquisas continuarão a ser efetuadas.

No caso do Atlântico, na Elevação Rio Grande, existem possibilidades de minérios raros, além de matérias-primas para fertilizantes, cuja demanda é elevada nas proximidades do litoral brasileiro. Certamente, o alto-mar vai se uma das altas prioridades de pesquisas nas próximas décadas.



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