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Bairro de Shitamachi em Tóquio

3 de março de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

shimatachiOs turistas e mesmo moradores de uma metrópole como Tóquio apreciam preservar a imagem bucólica de um bairro como Shitamachi, imortalizada pelo personagem Tora-san em uma série de filmes.

Shitamachi ainda preserva o ar bucólico de Tóquio do período Edo, foto publicada no Yomiuri Shimbun

Algumas metrópoles como Salvador, na Bahia, mantêm uma nítida diferenciação de cidades altas e baixas. Tóquio também mantém esta qualificação, ainda que não seja tão nítida em diferença de altitude, principalmente às margens do rio Edogawa. Lá, ainda podem ser encontrados os bolinhos ou biscoitos de arroz, ou mesmo pratos de enguias, que eram pescadas na redondeza.

Seria uma espécie de Brás ou Mooca, em São Paulo, onde restaurantes tradicionais como templos podem ser encontrados em áreas que eram sujeitas às inundações, quando o rio Tietê e seus afluentes, como o Tamanduateí, ainda não estavam retificados. Para os antigos japoneses, estas áreas ficaram imortalizadas pelos filmes do personagem Tora-san, que mostrava as formas características da vida dos seus habitantes.

Os eventos mais populares são promovidos nesta parte da cidade, como o carnaval dos brasileiros ou festivais religiosos. Os produtos mais tradicionais do Japão podem ser facilmente encontrados em suas lojas. Muitas casas ainda mantêm os estilos da época, sendo comum a utilização de madeiras.

Parece legitimo que estas marcas do passado sejam valorizadas e mantidas, o que acaba refletindo também nas formas de vida de sua população, atraindo também turistas japoneses e estrangeiros. Como no passado era tradição os senhores feudais visitarem Edo, nos seus arredores costumam haver marcas das presenças dos seus auxiliares, que ficavam acampados até o cumprimento de suas obrigações. Para os que desejam conhecer parte destas histórias antigas do Japão, são nestas áreas que se encontram mais dos seus resquícios, como está expresso num artigo publicado no Yomiuri Shimbun.



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