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Toray Japonesa Produz PET a Partir da Biomassa

11 de abril de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Um dos grandes problemas gerados com a disseminação do uso do PET em embalagens, fazendo uso de combustíveis fósseis, foi a dificuldade do lixo, pois estes produtos apresentam limitações para absorção biodegradável. Agora é possível produzi-lo a partir da biomassa, tornando-o biodegradável.

Colheita Mecanizada da cana de açúcar, uma das mais importantes biomassas

Um artigo divulgado pela grande empresa japonesa de petroquímica Toray no site da Bloomberg informa que já está produzindo o PET utilizando a biomassa, com a vantagem de ser sustentável, por ser biodegradável. Mesmo nos Estados Unidos, somente 30% das embalagens PET são recicladas, gerando problemas de lixos como na maioria dos países desenvolvidos.

Com o aumento da população que vem ocorrendo no século XX e que prossegue neste, as preocupações com a sustentabilidade tornaram-se relevantes, principalmente quando se utilizados produtos decorrentes do uso de combustíveis fósseis. Entre as biomassas, a das mais competitivas está a cana de açúcar, já utilizada para a produção do etanol.

Já em 1985, o Brasil apresentava na EXPO TSUKUBA 85 as possibilidades da alcoolquímica, além do uso do etanol como combustível para os veículos. Em 2007, no Japão, cerca de 41% do petróleo utilizado era para os transportes, 38% para a geração de energia e mais de 20% para a petroquímica. O PET – o polythylene terephlate vem sendo utilizado para a produção de fibras e embalagens para alimentos e bebidas.

No setor de transportes, estão se utilizando veículos elétricos, e muitos híbridos utilizam também outras matérias-primas que não sejam derivados de petróleo. Produtos como os produzidos pela Toray apresentam também possibilidades de dispensarem os usos de derivados do petróleo. Utilizam celuloses e outros produtos transformáveis em álcool, convertidos em etileno glicol, que refinados e polimerizados tornam-se os componentes primários do PET. A Toray produz este produto fornecido pela Índia Glicol,que coloca como centro dos seus negócios a preservação do meio ambiente.

Estas fibras estão sendo utilizadas para a produção de uniformes, caminhando-se para peças de automóveis e para embalagens de bebidas. Além do PET, o produto químico TPA – ácido tereftálico precursor também está cogitado para o uso de plantas. A Toray, numa associação com a norte-americana Gevo, usa também o milho não comestível como matéria-prima.

Muitos materiais esportivos como uniformes também estão se preocupando com o uso de produtos sustentáveis, havendo ainda desafios para que sejam competitivos em preços com os derivados do petróleo. O PET tradicional gera problemas de emissão de carbono, mas os derivados da biomassa decorrem de fotossíntese de dióxido de carbono presente no ar, sendo neutro.

Com as decisões tomadas em Paris, todos os países tendem a acelerar as medidas não poluentes, e o BIO – PET figura como um importante passo neste sentido. No Grupo Toray existe uma Green Innovation in Fibers and Textiles Division que cuida destes assuntos.



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