Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Alguns Indicadores da Melhoria do Brasil

29 de junho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Ainda que o Brasil pudesse ter uma performance melhor desde 1940, alguns indicadores mostram que as melhorias registradas não podem ser desprezadas. Estudos complementares estão em andamento com a colaboração da economista Maria Gorete, para comparações com países vizinhos bem como outros de várias regiões do mundo. A inspiração para estes estudos são os que ajudei a elaborar ainda quando estudante, sob orientação do sociólogo Oracy Nogueira, publicados na Revista de Administração da Universidade de São Paulo, em 1963.

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A esperança de vida dos brasileiros hoje é 80% superior ao de 1940

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Mesmo com todas as dificuldades brasileiras, a esperança de vida dos brasileiros ao nascer melhorou em 80% nestes 75 anos quando considerado todo o país, chegando aos níveis próximos de muitos países desenvolvidos. Ainda que sejam dados gerais, não se pode desprezar esta performance, que justifica um razoável otimismo de que continuará melhorando lentamente nas próximas décadas.

A maioria dos indicadores econômicos não reflete as distribuições desiguais na população, quando se utilizam médias gerais. Os indicadores sociais refletem melhor o que está acontecendo na base da sociedade brasileira, envolvendo os menos privilegiados.

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A taxa de mortalidade infantil veio de 150 para cada 1.000 nascidos vivos para 15, nestes 75 anos, com marcante melhoria nas décadas de 1970 e 1980

É evidente que se deseja melhorias nos sistemas de água potável e de esgoto, principalmente nos grandes centros urbanos, mas o que vem se obtendo devem orgulhar os brasileiros, mesmo com todas as dificuldades. Os mais privilegiados da população sempre contaram com índices melhores, mas estes dados gerais indicam que houve uma substancial melhora entre as populações mais carentes. Aqueles que se interessam em examinar as favelas dos grandes centros urbanos, as palafitas das cidades nordestinas ou amazonenses verificam que nestas décadas, mesmo havendo possibilidades de melhorias adicionais, já se conseguiu resultados que podem ser considerados positivos.

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O analfabetismo poderia se aproximar do zero, ainda que muitos ainda tenham dificuldades de compreensão adequadas do que leem.

Muitas foram as campanhas desenvolvidas para a eliminação do analfabetismo, a marca mais aguda da alienação de parte da população brasileira. Mas o gráfico mostra revela uma melhoria constante, mostrando que as autoridades estão conscientes dos esforços a serem feitos, ao mesmo tempo em que a população menos privilegiada adquire a consciência da importância de ler e escrever, mesmo precariamente.

Uma das aspirações mais legitimas das famílias brasileira é possuírem a casa onde moram, ainda que muitas sejam precárias e localizadas a grandes distâncias de onde trabalham ou desenvolvem as suas demais atividades. Muitos esforços foram desenvolvidos para que eles pudessem contar com a propriedade de suas residências, pagando muitas vezes prestações em vez dos alugueis que são meras despesas. Ainda que existam críticas para as condições sejrem favorecidas, estas observações negativas costumam ser formuladas pelos que contam com famílias que deixaram apreciáveis patrimônios como heranças. O que nem sempre é apontado é que uma das piores distribuições das cargas tributárias ocorrem pela pouca expressão dos impostos de ganhos de capital das propriedades imobiliárias, notadamente no meio rural brasileiro.

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Cerca de dois terços das famílias brasileiras moram em casas próprias, quando não chegava a metade em 1940

Com os dados comparativos com outros países, além de outros indicadores sociais, espera-se ter um quadro mais preciso mostrando que se registram avanços a serem ressaltados no Brasil, mesmo todas as dificuldades existentes.



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