Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Economias Emergentes Com Muitos Recursos Naturais

6 de junho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

O Nikkei Asian Review noticia sobre as reuniões dos Bancos Centrais dos países emergentes com muitos recursos naturais que, com suas dificuldades, dependem da decisão do FED norte-americano sobre a taxa de juros.

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Gráfico constante do artigo no Nikkei Asian Review

O Nikkei Asian Review informa que nesta semana haverá duas reuniões dos Bancos Centrais dos países emergentes com muitos recursos naturais, a primeira na Índia e na Austrália e outra no Brasil, para discutirem a ativação de suas economias, mas todos dependem das decisões do FED norte-americano que, se elevar a sua taxa de juros, poderá afetar a todos.

Os australianos reduziram sua taxa de juros recentemente e os indianos vêm executando uma boa política monetária, mas dependem do que acontecerá na economia mundial, onde a decisão do FED dos Estados Unidos é relevante. Se elevar a sua taxa de juros pelo bom comportamento de sua economia, atrairá recursos de países emergentes que já lutam com dificuldades. Os juros e os fluxos de recursos financeiros são relevantes tanto para a inflação interna como para manter competitivos seus câmbios ao nível de estimular suas exportações.

De todos estes países, é o Brasil que enfrenta as maiores dificuldades, agravadas pelos problemas políticos, contando com um governo interino, inflação elevada e uma aguda depressão econômica, com o Banco Central sem muitas opções. Mesmo com a troca de informações com outras autoridades monetárias de países emergentes, as decisões a serem tomadas são todas dramáticas, com uma forte dependência do que acontece nos Estados Unidos.

Os norte-americanos vêm mantendo os juros baixos por muito tempo, e sua economia estava se recuperando, mas ainda existem flutuações, não havendo segurança de que a tendência recente vai continuar se mantendo. O FED vem sustentando uma atitude cautelosa, mas gostaria de contar com juros positivos, mesmo baixos.

Parece evidente que a política monetária ajuda, mas todos precisam que haja uma adequada coordenação com a fiscal e outras medidas, num mundo sem um quadro brilhante. O que devem perseguir é que suas economias não piorem e se mantenham adequadas com o que acontece nos Estados Unidos e no mundo.



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