Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Decisão de Haia Sobre Mar Sul da China

13 de julho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , ,

A arbitragem da Corte Permanente de Arbitragem, organismo ligado às Nações Unidas, decidiu que a China não tem direitos históricos sobre o Mar Sul da China. A consequência da decisão ainda não gera tranquilidade na região.

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Mapa do Mar Sul da China, que o país considera uma rota crucial para o seu abastecimento e pretendia controlar

Ainda que o Mar Sul da China seja uma rota importante para o abastecimento daquele país, onde os chineses instalaram bases militares, e a região tenha possibilidades de minérios, muitos outros países também possuem interesses importantes naquela área, gerando disputas relevantes. A decisão da Corte Permanente de Arbitragem, também conhecida como a Corte de Haia, vem historicamente tomando decisões sobre estas disputas, mas há possibilidade da China simplesmente ignorar a medida, não havendo força para seu cumprimento, gerando tensões difíceis, que exigirão substanciais negociações diplomáticas, mesmo sabendo da dificuldade de se alcançar a pacificação.

Nos últimos, continuam-se multiplicando as disputas neste Mar, como as existentes entre a China e o Japão, a China e as Filipinas e muitas outras mais. A China vem aumentando a sua presença militar na região e ainda que os Estados Unidos e seus aliados também contem com forças marítimas, seus custeios são elevados, exigindo o aumento dos esforços dos seus aliados como o Japão, a Austrália e outros países menos poderosos do ponto de vista militar e econômico.

Os chineses são ousados e continuam criando situações de fato, como a base militar construída rapidamente sobre alguns suportes de pequenas ilhas que existiam na região. Possivelmente, é um dos focos mais significantes de conflito no mundo atual, exigindo que as partes não cometam erros que podem ter consequências desastrosas.

Espera-se que a decisão do Corte de Haia ajude o mundo a desenvolver um esforço diplomático mais forte visando a redução das tensões, pois o mundo já conta com muitos outros problemas que necessitam de soluções urgentes, como o aquecimento global.

O assunto vem merecendo artigos na maioria dos jornais importantes no mundo, e Johanna Nublat publicou o seu na Folha de S.Paulo com um mapa mais didático que não conseguimos reproduzir.



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