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Pesquisas Agropecuárias no Estado de São Paulo

6 de julho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Noticia-se que o governo Geraldo Alckmin está determinado a alienar parcialmente ou integralmente muitas fazendas que são bases de pesquisas agropecuárias. Elas contribuíram para o aumento da eficiência do setor no Estado e em todo o Brasil. A controvérsia merece discussões sobre formas de aperfeiçoamento das gestões destas unidades.

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Mapa da localização das unidades de pesquisas agropecuárias, mencionando as que estão cogitadas para total ou parcial alienação, segundo o artigo da Folha de S.Paulo

As vendas polêmicas envolveriam as unidades que seriam totalmente ou parcialmente vendidas, incluídas num projeto enviado à Assembleia Legislativa. O governo estadual entende que elas estariam superestimadas, havendo necessidade de redução do seu custeio, como geração de recursos provenientes das vendas. Estaria dentro da orientação de reduzir as atividades diretas do governo, passando parte para o setor privado, que está sendo tentado nos níveis federal e estaduais.

Muitas entidades estariam contrárias ao projeto, principalmente as envolvendo os pesquisadores que atuam nelas. Não se pode negar que muitas contribuições foram dadas por estas pesquisas, cujos benefícios não ficaram restritos ao Estado de São Paulo, como foi absorvido por atividades exercidas no Brasil todo. Mas a tendência é que as ineficiências se acumulem nos serviços públicos, pois funcionários acomodados continuam se beneficiando do corporativismo, deixando de proporcionar resultados apreciáveis.

Trata-se, portanto, da eficiência de gestão das entidades, pois as pesquisas desta natureza precisam ser condicionadas às características de cada região e as existentes no Estado de São Paulo não são exageradas em quantidade, considerando a sua extensão territorial. Sempre é difícil introduzir mudanças nas administrações públicas, mas respeitados os direitos adquiridos pelos antigos funcionários, sempre existem as possibilidades que os novos estejam sujeitos à legislação trabalhista, com os méritos influindo de forma mais eficaz nas promoções, como fizemos no INCRA e no Banco Central, que apresentavam dificuldades até mais complexas, pois eram formados por trabalhadores provenientes de muitas e antigas organizações públicas.



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