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Uma Segunda Vida Plantando Mirtilo

5 de julho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , , ,

imageUm caso descrito por Ayumi Noha, publicado no Yomiuri Shimbun, mostra como um casal de idosos japoneses se realiza plantando mirtilo (blueberries), ajudando a si e a outros.

Casal Kawasaki cultivando mirtilo na foto publicada no Yomiuri Shimbun

O jornal japonês de grande prestígio, o Yomiuri Shimbun, vem publicando uma série de artigos com o título geral My Second Life, mostrando como muitos aposentados se realizam executando trabalhos importantes e se tornam exemplos para todos.

Toshiharu Kawasaki, hoje com 69 anos, é um ex-detetive e filho de um policial, apesar de ter nascido numa família de agricultores de arroz, tendo escolhido sua primeira profissão por influência do seu pai. Formou-se numa escola secundária do Departamento de Agricultura e teve o primeiro contato com o mirtilo quando começou a pensar o que faria depois de aposentado, com 54 anos de idade. Na ocasião, cogitou em dedicar-se ao bonsai, o cultivo de árvores anãs, mas numa de suas missões conheceu esta planta relativamente fácil de ser cultivada.

Foi cativado pelo sabor azedo e doce da fruta e passou a visitar o produtor nos seus dias de folga. Devidamente informado sobre os trabalhos necessários na Associação Japan Blueberry, resolveu voltar para a sua região natal, Miyazaki, já num segundo casamento com sua atual esposa, ele que era divorciado.

No Japão, existe um sistema governamental de orientação para quem deseja se dedicar a algum tipo de atividade agrícola, dentro de uma metodologia que informa sobre todos os cuidados necessários.

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                                     Esquema constante do artigo do Yomiuri Shimbun

Trata-se de algo parecido com o que o Sebrae orienta os pequenos empreendedores no Brasil para a maior possibilidade de sucesso de um negócio novo. Usando as suas reservas financeiras, ele adquiriu uma área de 3.500 metros quadrados, trabalhando para fertilizar a área, enquanto se ocupava em tempo parcial como guarda numa organização dedicada às corridas de bicicletas.

Com 60 anos, finalmente o casal inaugurou o Blueberry Farm Kawasaki, já com a área ampliada para 7 mil metros quadrados, com o diferencial de utilizar a plantação ao turismo rural, contando com um local adequado para o descanso dos visitantes, bem como fornecer o lanche necessário.

Recentemente, o casal introduziu aperfeiçoamentos para que idosos e pessoas com deficiências pudessem se dedicar ao trabalho de cultivo e colheita das frutas, permitindo até o uso de cadeiras de rodas no pequeno sítio. O artigo informa que o casal aguarda satisfeito o período das colheitas que se aproxima, vendo as plantas maturando seus frutos. O rendimento do empreendimento é suficiente para a auto-sustentação do projeto, proporcionar-lhe a alegria da vida, deixando satisfeitos os visitantes, e criando empregos para outros idosos e deficientes.



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