Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Assustador Número de Casas Vazias Abandonadas no Japão

26 de setembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Ainda que existam também no Brasil problemas com a mobilidade geográfica que deixam algumas cidades em decadência enquanto outras estão dinâmicas, os problemas que estão ocorrendo no Japão preocupam as autoridades de muitos municípios, agravados pela redução da população e seu envelhecimento, bem como migração dos jovens para as grandes metrópoles.

Foto de uma residência considerada abandonada em Hyogo, que está exigindo subsídios para suas adaptações, constante do artigo publicado no The Japan Times

Um artigo escrito por Eric Johnston e publicado no The Japan Times informa que muitas cidades no sul do Japão principalmente estão oferecendo subsídios que chegam a cerca de US$ 10 mil para efetuar reformas destas residências abandonadas chamadas akiya (literamente residências vazias), chegando até aos centros turísticos como Kyoto e Nara. Existem condições para estas reformas como o custeio de banheiros modernos, evitar vazamentos, destinadas para acomodar turistas temporários ou outras finalidades sociais, como o abrigo de comunidades de idosos.

As situações são variadas, sendo que na Província de Wakayama em 2013 chegou-se a 18,1% destas casas abandonadas, que criam problemas com riscos de incêndio ou usos indevidos. Estima-se que existam 8,2 milhões de residências em todo o país nesta situação, quando muitos imaginam que faltam imóveis no Japão. O problema está generalizado e em Osaka 14,8% estariam vazias, Nara com 13,8% e Kyoto com 13,3%, Hyogo com 13% e Shiga com 12,9%. Em Tóquio, 11,1% estaria vazia e na média nacional de 47 províncias chegaria a 13,5%, o que certamente não é uma cifra baixa. Estima-se que em 2033 possa se chegar a 22,5 milhões de residências vazias em todo o país.

Muitas reformas estão sendo feitas para acolher estudantes de intercâmbio educacional com o exterior, exigindo-se o seu uso por 10 anos. Os custos de metade ou um terço estão sendo subsidiados e os proprietários devem se comprometer a obedecer às leis e aos regulamentos, quando destinados a restaurantes ou vendas de produtos locais.

No geral, os estímulos estão sendo oferecidos para a criação de atividades que estimulem o turismo e o desenvolvimento da região, de forma que o patrimônio acumulado pelo Japão seja também utilizado para ajudar na sua ativação econômica, tarefa que não tem se mostrado ainda bem cumprida naquele país.



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