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Cientistas Minimizaram o Efeito do Açúcar na Saúde

12 de setembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , ,

clip_image002 Descobriu-se que cientistas foram subornados para publicar artigos em 1967 favoráveis ao açúcar, financiados por Sugar Research Foundation, o que está sendo denunciado somente agora por muitos veículos da imprensa.

Refrigerantes açucarados ajudaram a aumentar a obesidade

Um artigo publicado por Anahad O’Connor no The New York Times informa que três cientistas de Harvard já falecidos publicaram em 1967 artigos financiados pelo Sugar Research Foundation no prestigioso New England Journal of Medicine, minimizando a ligação entre o açúcar e a saúde do coração, atribuindo à gordura saturada o papel neste efeito.

O professor Stanton Glantz, da California University San Francisco, é o autor do novo paper publicado na JAMA Internal Medicine que sugere cinco décadas de pesquisas foram distorcidas na relação entre a nutrição e as doenças do coração. Um dos cientistas foi D. Mark Hegsted, que se tornou chefe de nutrição do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Outro foi Fredrick J. Stare, chairman de departamento de nutrição de Harvard.

O The New York Times já publicou no ano passado um artigo revelando que a Coca-Cola tinha fornecido milhões de dólares para pesquisadores que procuravam minimizar a ligação entre bebidas açucaradas e obesidade. A Associated Press relatou que os fabricantes de doces estavam financiando estudos que afirmavam que as crianças que comem doces tendem a pesar menos em relação àquelas que não o fazem. Estes criminosos não se importam com a saúde, desde que possam ganhar algo com seus falsos trabalhos.

O artigo do JAMA está acompanhado por milhares de páginas de correspondência e outros documentos de Cristian E.Kearns, um pós-doutorado da University of California San Francisco, descobertos nos arquivos de Harvard, University of Illinois e outras bibliotecas.

Os que defendem os criminosos alegam que os critérios adotados na época eram menos exigentes e não havia a transparência atual. O fato concreto é que a obesidade é hoje uma calamidade mundial e todos precisam se preocupar com a alimentação saudável, evitando excessos de açúcar, de sal e gorduras saturadas, o que deve começar pela alimentação das crianças, notadamente nas escolas.



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