Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Restrições Para o Uso de Produtos com Riscos de Extinção

26 de setembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002As restrições decorrentes dos riscos de extinção criam para os japoneses necessidades de adaptações dos seus hábitos, que já estão ocorrendo, mas devem ser acelerados. Entre eles, o consumo de enguias e do marfim.

O consumo de enguias grelhadas precisa ser reduzido. Foto constante do artigo no The Japan Times

Estiveram reunidos em Johanesburgo, África do Sul, as autoridades relacionadas com o CITES – Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora e uma reunião final em 5 de outubro próximo deverá tomar as decisões restritivas como o de quotas para o consumo das enguias que são muito apreciadas pelos japoneses. Muitos restaurantes japoneses especializados nesta iguaria já estão se preparando para produtos alternativos, pois estas restrições tendem a continuar de forma crescente por um período longo. Já existem outros produtos inferiores, como peixes parecidos, que permitem substituir parte destes consumos.

Os japoneses possuem hábitos que consomem diversas espécies com risco de extinção ou que provocam fortes reações da opinião pública, como a caça à baleia, cujo consumo de sua carne ou da gordura não tem mais expressão econômica do passado. Também os japoneses como os chineses costumavam utilizar o marfim para a produção dos seus selos pessoais que antecederam às assinaturas em documentos, que na atual era eletrônica acabam sendo substituídos por códigos de diversos tipos, como os de barra que também estão sendo superados nas operações que exigem segurança. Objetos de arte utilizavam o marfim, mas as restrições estão sendo rigorosas, eliminando praticamente o seu comércio.

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Queima de marfim para evitar o seu comércio

Os hábitos alimentares são mais difíceis de serem mudados, mas as restrições elevam os preços de alguns ingredientes como a enguia, ainda que sejam cultivados nos seus crescimentos, pois seus alevinos precisam ser coletados no mar. Muitas alternativas mais abundantes estão promovendo as substituições, de forma semelhante com o caviar verdadeiro do esturjão que está sendo substituído por outras ovas de peixes, dado os seus elevados preços.

São adaptações que estão ocorrendo no tempo, mas a urgência da necessidade de preservação de algumas espécies de animais está acelerando as restrições para os seus usos. Seria desejável que o mesmo acontecesse também com muitas variedades de plantas da biodiversidade brasileira, com risco de desaparecer, quando poderiam ser multiplicados até para a produção de medicamentos ou ajudarem na manutenção da saúde dos seres humanos.



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