Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mercado Internacional de Abacate

14 de outubro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , , ,

clip_image002O produto que ganhou um expressivo mercado no mundo é do tipo chamado “avocado”, mais de origem mexicana, menor que o brasileiro e consumido em saladas e como suplementos salgados. A tal ponto que mereceu um artigo constante do site da revista The Economist.

Foto de uma forma de consumo do abacate, constante de artigo publicado no site do The Economist

Muitas frutas consumidas no Brasil têm dimensões maiores do que aquelas preferidas internacionalmente, pois no exterior seu consumo costuma ser individual. Assim, o avocado mexicano é de porte mais modesto que o brasileiro, com casca mais dura e resistente, sendo consumido como salgados ou em saladas. O mesmo acontece com o papaya de menor tamanho, para consumo individual e no breakfast.

O avocado de origem mexicana e também produzido em algumas ilhas do Pacífico ganhou mercado não só nos Estados Unidos como na Europa e no Japão. Agora, com as irregularidades climáticas observadas na Nova Zelândia e na Austrália, muitas árvores foram consumidas pelos incêndios, provocando a elevação acentuada dos seus preços.

O abacate brasileiro, notadamente se transportado com cuidado ainda verde, principalmente os de cascas mais duras e menores, poderiam participar deste promissor mercado internacional, como já acontece com o papaya. As frutas brasileiras costumam ser mais doces, pois a insolação nesta parte do mundo é mais intensa.

O artigo publicado na revista The Economist informa que em 2013 foram consumidos 4,7 milhões de toneladas de papaya, com um crescimento de 100% quando comparado com o de 1998. Houve um marketing inteligente que ressaltou que o produto é saudável, recomendado para os que potencialmente podem sofrer doenças cardíacas, pois a sua gordura seriam “boas”, semelhantes às dos peixes. O consumo de guacamole vem aumentando e o seu consumo quadruplicou nos últimos cinco anos na China.

Se os empresários brasileiros procurarem produzir frutas como estas, adaptando-as para as preferências dos consumidores, tudo indica que o Brasil teria todas as condições para se tornar também um grande fornecedor para o mercado internacional, ajudando a ampliar o emprego no país. São assuntos que merecem a atenção das autoridades que pensam nas formas de ampliar as exportações.



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