Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Complexo Problema da Educação Sexual no Japão

7 de novembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , | 2 Comentários »

clip_image002Se existe um assunto pouco discutido no Japão quando comparado com outros países, parece-me ser o do sexo, mencionado superficialmente num artigo na revista The Economist. Isto parece ocorrer tanto no nível familiar como na escola, sendo somente mais intenso nos chamados mangás (revistas em quadrinho), nem se sabendo claramente qual o foco que o assunto merece no momento, apesar de eu não ser um especialista no assunto. (O mangá japonês trata muito do assunto, aparentando ser uma forma que pode ser insuficiente e distorcida de educação sexual)

O assunto sexo parece para muitos asiáticos, notadamente os japoneses, um assunto natural como o nascimento ou a morte, mas alguns especialistas estão notando que os jovens japoneses adquirem seus conhecimentos precários com bastante atraso quando comparado com os dos outros países, gerando alguns problemas que preocupam os especialistas. O artigo do The Economist informa que nas escolas as aulas se resumem a pouco tempo, que não chegam sequer às horas por ano. Na minha experiência pessoal, não tenho lembrança de meus pais ou professores terem tratado do assunto, o que levam os jovens a procurarem por si alguns conhecimentos, muitas vezes distorcidos.

É evidente que existem até fotografias ou desenhos eróticos japoneses desde séculos passados que excitam os jovens, mas as experiências sexuais dos japoneses parecem mais tardias do que costuma ocorrer em outros países em muitos casos, resolvidos por masturbações. Apesar de se tratar de hábitos usuais, seria interessante que os jovens fossem orientados sobre os riscos de gravidez indesejada que resultam em abortos ou propagação de doenças sexuais.

Hoje, existe uma preocupação do aumento da natalidade entre os japoneses, mas parece que o interesse na constituição de famílias e criação de filhos é muito limitado, havendo muitos jovens se mantendo sem experiências sexuais até idades mais avançadas em comparação com outros países, em torno dos 19 anos. Alguns especialistas estão procurando aumentar palestras sobre o assunto e até promovendo iniciativas para propiciar conhecimentos corretos sobre o assunto que não motivam nem mesmo as autoridades educacionais. Não parece que os pais dediquem muita preocupação sobre este assunto no Japão, o que certamente acaba sendo uma distorção. Informa-se que existem professores que evitam palavras como pênis ou vagina.

De outro lado, aumentam homens que pagam estudantes para deitarem com eles ou simplesmente para companhias em caminhadas, sendo que os pais e professores acabam sendo muito conservadores sobre estes assuntos. Apesar da impressão que existe um desequilíbrio nestas questões, não parece haver no Japão um razoável consenso de como o problema deva ser tratado.


2 Comentários para “O Complexo Problema da Educação Sexual no Japão”

  1. O que aprendi lendo “Harmful to Minors”. | Analecto
    1  escreveu às 17:43 em 9 de dezembro de 2018:

    […] países desenvolvidos, a educação sexual é ministrada de uma forma que dificulta o […]

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 11:29 em 10 de dezembro de 2018:

    Caro,

    A educação sexual no Japão parece bastante conservadora.

    Paulo Yokota


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