Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Agricultura Continua Salvando a Economia Brasileira

30 de janeiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Como tem sido usual nos últimos anos, mesmo com algumas irregularidades climáticas, o setor agrícola brasileiro vem salvando a economia brasileira, como a Confederação Nacional da Agricultura estima nesta boca de safraEspera-se que a colheita não seja prejudicada pelo excesso de chuva.

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Gráfico constante do artigo publicado no Estadão

Um artigo de Maria de Chiara publicada no Estadão informa que o setor rural brasileiro está entusiasmado com a estimativa desta safra que deve ser colhida nos próximos meses, saindo do efeito do El Niño que prejudicou a última, ainda que ela tenha sido melhor que o restante da economia brasileira. Os dados divulgados pela CNA – Confederação Nacional da Agricultura para as principais safras dos produtos agrícolas mais importantes do Brasil são otimistas, estimando-se um crescimento bruto em torno de 16%. Espera-se que o excesso de chuva não prejudique a colheita e se o câmbio fosse mantido desvalorizado o impacto da safra seria mais estimulante sobre toda a economia do Brasil.

A inflação já dá sinais de uma redução substancial exigindo que o Banco Central do Brasil possa reduzir também os juros, o que proporciona uma economia sensível do custo da dívida pública, além de estimular bastante a atividade industrial como de serviços.

Quando a economia brasileira está necessitando de mais emprego e de uma recuperação do setor urbano, não se compreende o excesso de cuidado das autoridades monetárias que poderiam ser mais agressivas na desvalorização cambial, para manter a competitividade da economia brasileira com seus concorrentes internacionais, numa fase em que a economia mundial não passa por um período estimulante, pelo contrário, apresenta um aumento de incertezas. As estimativas das autoridades são exageradamente otimistas quanto a recuperação da economia que ainda depende da confiança dos investidores para ampliar as atividades produtivas, inclusive na infraestrutura. Teme-se que os políticos não sejam suficientemente firmes para manter uma política estimulante, diante de um mundo que aumenta suas incertezas, notadamente pela política adotada pelo novo governo dos Estados Unidos.

As estimativas das pressões inflacionárias já estão abaixo das feitas nos meses anteriores e não há necessidade de quedas exageradas, havendo espaços para uma maior flexibilidade, mesmo com as dificuldades fiscais que estão contidas nos seus tetos de gasto.

Parece que existe uma preocupação exagerada para a preservação dos bancos que estão com muitos dos seus créditos comprometidos pelas inadimplências. Se eles cometeram irregularidades nos empréstimos para as estatais e para empresas que contavam com encomendas do governo, não se pode sacrificar o resto da economia por isto. Os fluxos financeiros recentes são mais especulativos e de aplicações de curto prazo, não ajudando no aumento da produção como vem ocorrendo com o setor rural.



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