Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Sofistica-se o Consumo de Chá de Qualidade no Mundo

8 de janeiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Gastronomia | Tags: , ,

clip_image002Ainda que venha experimentando chás de diversos tipos mundo afora, surpreende-me a notícia que estão tentando dar a eles sabores semelhantes aos vinhos.

Yasumasa Nemoto, presidente do Y’s Tea, serve um chá que propicia sabores de vinho, na foto publicada no The Asahi Shimbun

Por orientação médica, evito ao máximo o consumo de álcool e outras bebidas como o chá ou o café acabam atraindo a minha atenção e sempre que possível as experimento onde estiverem disponíveis. Esta notícia publicada no The Asahi Shimbun, de autoria de Yuji Yamashita, chamou a minha atenção, pois atribui a Takashi Atsuta, 78 anos, um conselheiro honorário do Japan Sommelier Association, que, depois de experimentar o chá, teria afirmado “Encore, Bis”, dando a sua aprovação.

O evento teria sido realizado no final do ano passado, quando Yasumasa Nemoto apresentou o seu chá. Seria uma mistura de chá Assam, com cascas de uvas secas, que produz uma bebida semelhante ao vinho tinto, na cidade de Utsunomiya, província de Tochige, no Japão. Naquele país, existe uma longa tradição de consumo de chá, como ocorre em muitos outros países asiáticos, apresentando os mais variados tipos de ervas que são consumidos como bebidas, quentes, frios, mornos etc. São conhecidas as cerimônias de chá que utilizam matchá, um pó delicado. Também experimentei na Europa misturas com outras folhas e pétalas de flores, havendo muitas interessantes por acrescentarem toques diferentes.

Também no Brasil, recentemente, vem aumentando os tipos de chás consumidos pelos ocidentais como orientais, havendo grande disponibilidade de poucos conhecidos do grande público, mas que vão se disseminando por diversos estabelecimentos comerciais e residências, normalmente acompanhados de algo para aguçar o paladar.

É evidente que bebidas alcoólicas são combinadas com variados produtos para proporcionarem outros sabores, como os mais conhecidos como drinques ou coquetéis. Mas a tentativa de dar ao chá o sabor de vinho parece que não é muito comum. É evidente que existem possibilidades de sofisticações de todos os tipos, como vem se registrando também com o café, que no Brasil pouco é consumido frio ou como refrigerante, o que acontece em grande volume no Japão, estando disponíveis até nas máquinas de venda de bebidas, quentes ou frias.

O artigo menciona que o preparo do chá se dá da forma mais refinada, com a água no ponto próximo da ebulição. Que se chegue próximo do sabor do vinho parece um exagero, mas não custa nada provar.



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