Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Lições Como as de Hidden Figures

6 de fevereiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: ,

clip_image002Mesmo tratando-se de um filme, a adaptação da história real de algumas vencedoras afro-americanas é de emocionar todos que lutam para superar os obstáculos. A história merece o destaque que está recebendo.

 

Um filme que vale a pena ser visto, adaptado do livro com relatos de casos reais

Muitos se surpreendem questionando as causas que permitiram algumas afro-americanas a terem um papel tão importante na fase dos trabalhos pioneiros da NASA – National Aeronautics and Space Agency, superando todos os obstáculos por serem mulheres e negras, mesmo competentes, num período quando ainda havia muito preconceito nos Estados Unidos, mais que atualmente. Tendo a interpretação que os desafios (challenge) sempre foram importantes para estimular os talentos naturais, mesmo tendo uma alimentação deficiente desde a sua concepção e menores chances para frequentarem escolas consideradas mais prestigiosas. A obstinação para superar as barreiras gerava uma força adicional, cujo efeito não pode ser subestimado.

As histórias da matemática Dorothy Vaughan, primeira supervisora negra no Centro Langley de Pesquisa, antes da formação da NASA; da física e matemática Katherine Johnson, calculadora privilegiada das trajetórias dos primeiros foguetes e da primeira engenheira espacial na NACA (precursora da NASA), transformada num livro de não ficção por Margot Lee Shetterly que se transformou no filme que deve ser visto por todos, são inspiradoras para todos quantos não contam com privilégios para as suas carreiras.

Um artigo de Salvador Nogueira, publicado a Folha de S.Paulo, conta uma parte desta história toda, que ampliou a possibilidade para as mulheres das mais variadas origens terem chances para ocupar posições de destaque, não somente nos Estados Unidos numa época em que os preconceitos eram mais acentuados. Nada está totalmente superado, mas há que se reconhecer que avanços importantes em todo o mundo ocorreram depois da Segunda Guerra Mundial, até em países tradicionalmente machistas.

Mesmo no Brasil, onde se considera que a discriminação por causa do sexo, da etnia, religiões ou convicções ideológicas são menores, nota-se no cotidiano como os privilegiados tratam as pessoas mais modestas. As “autoridades” acabam sendo as mais opressoras, com pouco respeito ao “povo”.

Neste período de grandes desafios decorrentes das crises provocadas, em grande parte pelos privilegiados, acaba sendo uma oportunidade para reflexões mais sérias para a mudança de nossos comportamentos mais odiosos.



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