Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist e a Atual Política Econômica dos EUA

23 de março de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002Com os Estados Unidos tendo forçado o G20 a deixar de combater o protecionismo no governo Donald Trump, a revista The Economist observa que Chris Watling, da Longview Economics, sugere haver uma nova ordem monetária internacional em gestação.

John Maynard Keynes ajudou em Bretton Woods, depois da Segunda Guerra Mundial, a estabelecer o padrão ouro do dólar, que servia de referência às demais moedas

Richard Nixon, para defender as reservas de ouro dos Estados Unidos que estavam se esgotando, quebrou o padrão ouro, o que tendia a elevar a inflação na sua economia. Mas Paul Volker assumiu o controle do FED – Banco Central dos Estados Unidos e aumentou brutalmente os juros para combater a inflação local e o câmbio passou a depender de uma espécie de acordo imposto pelos norte-americanos aos outros países, como ficou claro no chamado Acordo de Plaza, onde o yen foi fortemente valorizado, prejudicando o crescimento da economia japonesa.

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Paul Volker, que elevou os juros para combater a inflação como presidente do FED – Banco Central dos Estados Unidos

Para os economistas fica claro que só existe a possibilidade de perseguir dois objetivos com dois instrumentos: uma política fiscal que pode procurar um crescimento econômico e uma política monetária que objetivaria uma inflação controlada. Mas persegue-se também uma estabilidade cambial numa economia globalizada, deixando os fluxos financeiros internacionais sem uma regulamentação, o que está se mostrando como uma impossibilidade lógica. Ao mesmo tempo, atribui-se as dificuldades de distribuição de renda à aceleração da globalização, o que aparenta ser um diagnóstico incorreto do atual governo norte-americano.

Tudo isto mostra que existem problemas atuais internacionais que não estão adequadamente colocados pelas autoridades econômicas dos Estados Unidos, havendo dificuldades que as políticas econômicas consigam os resultados que estão sendo apontados, segundo sugerido pelo The Economist.

De alguma forma, a economia mundial acabará resolvendo seus problemas, mesmo que não seja de forma mais eficiente, deixando insatisfações espalhadas por diversas regiões e países, num cenário internacional que já não se apresentava tranquila. Muitas instabilidades aparentam continuar ocorrendo, o que não se reduz somente ao Brasil.



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